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The Walking Dead – 5×10 – Them

Captura de tela 2015-02-16 às 15.51.11Fiquei imaginando como foi assistir este episódio de The Walking Dead com a visão daqueles que acham a história da série excessivamente parada, mas desta vez preciso concordar que foi realmente um enredo bastante lento, mas sempre tento encontrar o lado positivo da série, por isso prefiro analisar esta trama como uma passagem de transição para o próximo arco da história.

Pela primeira vez a série mostrou de forma realista o grupo de sobreviventes preocupados com o futuro, já que estão sem comida e água e ainda estão bem longe de Washington. O tempo está passando e os poucos recursos que sobraram estão acabando, ninguém tem a certeza de que em Washington o cenário será diferente, já prevejo muitos churrascos de carne de cachorro. Falando em comida, senti uma falta de realismo em relação a pequena Judith, já que dificilmente um bebê conseguiria sobreviver em uma situação como a da história.

Também pela primeira vez alguns personagens mostraram uma falta de esperança de que as coisas vão melhorar, Maggie fez uma importante indagação sobre quanto tempo ainda eles vão conseguir sobreviver nesta realidade. Maggie, Daryl e Sasha estão vivendo o luto da perda de pessoas queridas e por isso estavam ainda mais desanimados do que o resto do grupo. Maggie ficou bastante deprimida e mostrou um fortíssimo cansaço, foi fofa a atitude de Carl ao dar a caixinha de música para ela; Daryl também estava bastante triste, Carol foi perfeita ao dizer que Daryl só melhoraria depois de chorar e soltar a sua tristeza; depois de perder duas pessoas que amava bastante, Sasha está sendo consumida pela raiva e dor que está sentindo, por um momento chegou até colocar a vida de todos em risco ao não conseguir controlar esta raiva.  Glenn sempre foi um otimista, mas até ele já percebeu que o cenário atual só tende a piorar. Essa falta de esperança também ficou clara em Abraham se entregando a bebida e com Gabriel tendo dúvida sobre sua própria fé, mas sinceramente o padre não funciona na trama. O trio vive um momento totalmente oposto ao do resto do grupo e a cena da chuva mostrou bem isso, com Daryl, Maggie e Sasha tendo uma reação bastante fria, enquanto o resto do grupo ficou fez com pelo menos uma coisa boa acontecendo na vida deles, pobre Glenn que ficou tentando animar a todos sem sucesso.

 “Nos somos os mortos-vivos”. Essa frase dita por Rick é a minha defesa contra aqueles que não entendem que TWD não é uma série sobre humanos contra zumbis, mas sim o contrário, uma história sobre a luta do ser humano pela sua sobrevivência e contra si mesmo. Todos do grupo estão cansados, machucados e sem esperanças, eles são os zumbis que se arrastam em busca de um lugar onde possam ter um pouco de paz e principalmente se alimentar. A cena do grupo inteiro segurando a porta do celeiro para impedir a entrada dos zumbis foi muito bem rodada e ficou muito bonita, além de ser bastante importante para todos perceberem que precisam permanecer unidos para conseguirem sobreviver por mais um pouco.

A chance de um futuro melhor surge com a introdução do inicialmente misterioso Aaron (Ross Marquand), os leitores dos quadrinhos de TWD, como eu, conhecem bem o personagem e sabem que o personagem levará a história para o seu próximo grande arco.

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