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The Walking Dead – 4×15 – Us

the-walking-dead-usA estrada está chegando ao fim e os personagens de The Walking Dead estão perto de se reencontrar, seja para o bem ou para o mal, no real ou não santuário chamado Terminal.

Em uma vida como esta é quase impossível não desejar encontrar um lugar um pouco seguro, exceto para pessoas como o grupo liderado por Joe que querem apenas sobreviver. Para Joe o mundo está voltando a ficar certo, porque esta era sua realidade antes mesmo do apocalipse zumbi, se sente feliz neste mundo onde pode expor toda a sua agressividade e ser na sua mediocridade o líder de algo. Joe sabe que o mundo precisa de regras ou tudo irá cair, só que é um caçador e só conhece as leis que imperam este tipo de mundo; seu código de regra funciona, mas é falho em sua formação. Desde que o personagem apareceu pela primeira vez ficou bem explícito que essas regras servem unicamente para o próprio Joe sobreviver, colocando medo nos outros integrantes do seu grupo que apenas são usados por ele.

Daryl sempre foi um camaleão que se adapta ao que for necessário, seja certo ou errado, foi assim com seu irmão, depois com Rick e até com Beth; o tempo passou e Daryl não é mais totalmente aquele homem calado que atirava e depois falava, por isso inicialmente teve uma certa dificuldade de conviver com este grupo que tem um comportamento quase animal. Daryl não precisa destas regras porque sempre foi a sua maneira um homem de palavra, mas sabe que precisa seguir, pelo menos por enquanto, as leis ou terá o mesmo caminho que o cara que o tentou incriminar com a história do coelho. A maneira que o grupo bateu até a morte em um próprio membro é o maior exemplo como a pessoa que se dá melhor com estas regras é o próprio Joe. O líder do grupo é e sempre será apenas um caçador, sua nova presa é o homem que matou seu amigo e fugiu, porque na sua maluca cabeça pode matar um dos seus, mas outras pessoas não podem.

O que Daryl nem desconfia é que este homem que Joe está perseguindo é Rick e que estão muito próximos de encontrar ele, Carl e Michonne. A convivência entre Carl e Michonne é ótima para ambos, o menino tem assim um pouco de um carinho quase maternal e a guerreira assim recupera um pouco de sua humanidade e felicidade ao ficar ao lado do garoto; uma relação saudável e que Rick sabe que é necessária, já afirmou diversas vezes que não pode nesta situação ser um pai carinhoso e por isso Michonne é essencial para cumprir este papel. O trio parte para o Terminal e antes deve dar de cara com o grupo de Joe, o que será um sanguinolento confronto; Rick, Carl e Michonne vão ter que lutar muito para vencerem do grupo rival, e devem ter ajuda de Daryl que terá que trocar de lado para proteger seus antigos amigos. Os quatro personagens são vitais para a trama e por isso que nenhum deles deve morrer, mas não ficarei surpreso com alguma reviravolta inesperada nesta parte.

O que é inexplicável é como Abraham e Rosita podem confiar tanto que Eugene tem a resposta para salvar a todos! Eugene é um charlatão, conseguiu criar uma imagem de salvador do mundo por ser um pouco mais inteligente que as pessoas ao seu redor; dificilmente um homem que diz tantas besteiras, como o mesmo vírus zumbi ter matado os dinossauros (!), pode saber as respostas para salvar a humanidade. Abraham com sua mente de militar só pensa no resultado final de sua missão que é levar Eugene para Washington, se conseguir chegar lá provavelmente descobrirá que foi enganado. Ainda mais patético foi Eugene ter se apaixonado por uma visível lésbica como Tara, mas se não fosse o nerd caipira dificilmente Tara e Glenn teriam sobrevivido.

Tara  sabia que não podia confiar no Governador, mesmo assim colocou a vida de sua família nas mãos dele; ao ver o Governador matando friamente Hershell, entendeu que tudo tinha acabado e que cometeu o maior erro de sua vida. Pior do que perder os seus parentes e namorada foi ter sobrevivido para conviver com este eterno sentimento de culpa; é por isso que chegou ao ponto de quase se sacrificar para que Glenn reencontrasse Maggie, o que finalmente aconteceu! Uma coincidência bastante exagerada Maggie estar saindo do túnel exatamente na hora que o grupo de Abraham passava pelo local; pelo menos esta trama, que era um pouco chatinha terminou. Glenn é um samaritano e por isso preferiu mentir sobre ter conhecido Tara na estrada do que contar quem a moça era para Maggie  que acreditou e ainda deu um forte abraço de agradecimento em Tara que ficou muito constrangida. Obviamente alguém vai acabar reconhecendo Tara e Maggie não vai querer deixar passar sem uma vingança o envolvimento dela na morte do seu pai; além de ficar muito magoada com Glenn pela mentira.

Ainda neste enredo, Sasha e Bob também acreditaram na história de Eugene e já pensam em ir com eles para Washington, o que não seria muito ruim, já que não deixariam saudades. Antes de Maggie descobrir a verdade e Sasha decidirem seu futuro, todos vão descobrir o que é de verdade o santuário Terminal; o local bem arrumado e com flores, mas que não deve ser este paraíso e deve esconder algo muito mais sério por dentro daqueles prédios. Algo me diz que o local é perfeito demais para ser verdade e logo na primeira impressão achei algo peculiar estranho na calma da Mary, a responsável por receber os forasteiros.

Depois dos eventos chocantes da semana passada, dificilmente o episódio seguinte o superaria, no máximo foi uma trama regular que preparou o terreno para o grande final da temporada de The Walking Dead na próxima semana!

tres

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