The Walking Dead assim você dá orgulho de assistir! A quarta temporada começa a trazer a série às suas origens e parece ter aprendido com os erros do passado.
Como diz o título do episódio (infectado), a trama foi sobre as consequências do nerd que ficou doente e morreu no episódio anterior. A cena inicial do nerd zumbi comendo um dos moradores da prisão teve tudo que se espera de The Walking Dead, o terror desta parte da trama e na sequência o lado psicológico sobre as consequências deste novo ataque. A cena seguinte com todos tentando acabar com a infestação e pensar em uma maneira de evitar que a situação piorasse foi quase perfeita. A infeção se espalha rapidamente e veio através dos porcos, o novo conselho teve que tomar difícil decisão de separar aqueles que poderiam contaminar as outras pessoas, incluindo Karen, a namorada de Tyresse, mesmo assim o vírus está longe de ter acabado e deve continuar a infectar mais pessoas.
Neste início de temporada a personagem que mais cresce, merecidamente, é Carol que evoluiu muito e deixou aquela imagem de mulher sensível e quieta, tornando-se uma pessoa forte e decidida. Triste e fria a cena de Carol vendo que precisava matar o homem mordido e fazer com que as duas meninas fizessem o ato, gostei da postura de Carol de até o fim convencer as meninas que elas precisam ser corajosas e entenderem que essa é a nova realidade delas. Carol que tentou convencer Carl a não contar sobre suas aulas secretas para as crianças, por medo de ser incompreendida, algo que a coloca em dúvida sobre se está ou fazendo o certo.
Carl também é outro que amadureceu e começar a criar uma ligação importante com seu pai, tanto ao respeitar suas decisões, como de não ter uma arma, como ao não mentir e contar para Rick sobre o que Carol estava fazendo, algo que o protagonista viu que era uma solução drástica, mas necessária. O personagem que está mais no meio-termo e vivendo uma fase de mudança é Rick, tentando fugir de tomar decisões, porque ainda se sente mal por tudo que aconteceu antes e acredita que não tem mais como decidir algo, passando isso para outras pessoas. Rick tenta fugir de sua própria vida atual ao achar que poderá viver como um fazendeiro sem ter que usar armas. Daryl, o personagem mais sensacional da série, está certo ao afirmar de que Rick merecia uma folga por tudo que passou, mas agora é hora de se levantar e agir, algo que ele começou a fazer na segunda crise que os moradores da prisão passaram.
Viver neste mundo pós-apocalítico é a certeza de que algo ruim sempre irá acontecer, como ao mesmo tempo do problema da doença se espalhando, uma perigosa horda zumbi tentou acabar com as grades da prisão. Uma situação que foi provocada aparentemente por alguém que colocou comida para atrair os zumbis, um mistério a ser solucionado. Rick saiu do muro e tomou uma decisão ao aproveitar que precisava sacrificar os porcos e usou os bichos exatamente para chamar atenção dos zumbis, enquanto outro grupo reforçava a cerca. Rick ao fazer isso e depois entregar de volta para Carl sua arma começa a ver que não pode ficar parado e que precisa ajudar a todos, o seu tempo de luto acabou e é hora de voltar ao normal.
Outros dois enredos chamaram muita atenção, ambos pelo seu tom fortemente dramático. Michonne tirou um pouco de sua postura durona ao ficar muito irritada ao ouvir o choro da pequena Judith. A reação de Michonne primeiro nervosa e depois emocionada ao segurar o bebê, revela um pouco de seu passado provavelmente envolvendo a morte de um filho ou filha. A frase mais marcante do episódio foi exatamente sobre isso, quando Beth diz não existir um nome para aquela pessoa que perde o seu filho, explicando um pouco deste ódio e distanciamento na postura de Michonne.
Não menos importante, o pobre do Tyreese que horas antes vivia um amor tão bonito com Karen, para depois ir ao seu encontro, com flores, e encontrar o seu corpo queimado, uma cena emblemática para terminar este ótimo episódio de The Walking Dead.
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