Toda trama de espionagem precisa ter aquela parte de explicação da operação e e quais serão os próximos passo, é preciso preparar o público para tudo que irá acontecer daqui em diante, assim como aconteceu em Gerontion.
Mesmo acreditando que Saul é um vilão disfarçado de herói, desta vez ele agiu como um grande planejador e conseguiu virar o jogo para uma vitória do seu lado. O plano de colocar Javadi de volta ao Irã como espião da CIA, é uma ideia audaciosa, Saul não quer apenas achar o culpado pelo atentado e sim acabar de uma vez com aqueles que querem destruir os eua. Saul tem apenas dez dias como chefe da CIA e irá usá-los bem; Javadi sabe que não tem opção se não aceitar o acordo de Saul, seu antigo colega está apenas continuando aquilo que ele mesmo começou anos atrás ao traí-lo, Saul pegou uma vingança e transformou em algo maior.
Bati palmas para o discurso de Saul contra Lockhart, um típico político que pensa apenas em como melhorar a imagem do governo no presente e não no futuro de entrarem para a história se o plano com Javadi der certo. Um raro momento de humor Saul trancar Lockhart em uma sala escura e colocá-lo para pensar no que seria certo; Al Adal ficou pasmo ao ver que conseguiu ser enganado por Saul também e não ter a mínima ideia do que ele estava fazendo secretamente. Uma pena que Saul não tenha a mesma sagacidade em sua vida pessoal, sendo um bobo apaixonado por uma esposa que está com outra pessoa e fica ao seu lado unicamente por pena.
Javadi e Saul são parecidos e ambos sabem muito bem como usar as pessoas, o terrorista analisou bem que Saul foi até mais cruel que ele ao colocar Carrie em uma situação deprimente, unicamente para chamar atenção dele; Javadi também vê na agente uma importante utilidade. Não seria um episódio de Homeland sem ao menos uma menção a Brody; Javadi confirmou o que todo mundo sabia, Brody não foi o responsável pela bomba e sim um dos homens de Nazir. Javadi brincou com a curiosidade de Carrie sobre Brody, o terrorista sabe da ligação dela com Saul e que pode vir a usá-la no futuro para seus próprios planos; não entregou que o culpado pelo atentado ainda estava no país para Saul, porque sabia que essa informação era muito mais valiosa para Carrie.
Carrie, a grávida que vomita,quando vê sangue, agora tem mais uma pista para inocentar o pai de sei filho (a), a agente irá atrás do ganancioso Bennett para descobrir o paradeiro do verdadeiro culpado pela bomba, agora conseguir tirar essa informação do banqueiro será mais difícil do que foi trazer Javadi para o lado deles. Quem irá ajudá-la é Quinn, o bom personagem que vive uma crise existencial sobre se tudo que faz pela CIA vale a pena ou não.
Quinn estava disposto a se entregar para a polícia para salvar a operação e dizer que foi ele que matou a mulher e nora de Javadi, mas no fundo foi uma confissão sobre todas mortes do seu passado. O assassinato do garoto no começo da temporada foi algo que mexeu com Quinn, mas o agente é quase um soldado perfeito que não irá fugir do trabalho até ser dispensado pelos seus superiores.
Homeland nunca foi unicamente sobre o romance entre Carrie e Brody, e sim sobre espionagem, terrorismo, política, entre outros temas muito mais interessantes. A equipe criativa da série está sendo audaciosa em sua terceira temporada ao tirar do plano principal seu protagonista e se aprofundar na história que muitos ainda insistem em chamar de secundária, um erro assistir uma série com uma ótima qualidade de texto e esperar ver apenas um mero romance.
Comentários Extras:
O título do episódio veio de um poema de T.S. Eliot e que no fundo fala sobre homens velhos ou se preferir experientes tentando se encaixar no presente. Acredito que seja uma referência tanto a Saul e Javadi que tentam terminar o que começaram no passado.
Tomei um susto e jurava que Fara iria matar Javadi e estragar tudo, espero ver ainda algo de importante acontecer com essa personagem.
Incrível como a série cresce sem a presença da família Brody.
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