Todo grande herói precisa de uma identidade secreta, seja discreta (Clark Kent) ou muito forte (Bruce Wayne), ambas com o objetivo de fazer com que ninguém desconfie quem ele é realmente, o que leva, por mais que Diggle não goste, a falar de si mesmo na terceira pessoa.
Oliver quer recomeçar sua cruzada contra os vilões de Starling City e para provar que o Vigilante mudou e quer ser um herói, precisará sempre tomar difíceis decisões como neste episódio. É preciso escolher entre salvar a cidade como um dos homens mais ricos da cidade e CEO de uma poderosa companhia ou salvar usando a máscara de herói e impedindo que ladrões roubem remédios daqueles que precisam.
Oliver enfrentou a velha conhecida China que agora tem um novo e forte parceiro o Tigre de Bronze (Jai White), vilão vindo dos quadrinhos e que na série ganhou um visual mais realista e diria que bem bacana, sendo um forte oponente para o Vigilante e suas flechas. A gangue liderada por China estava roubando os remédios do hospital de Glades que ajudava, com poucos recursos, as vítimas do terremoto. Como sempre acontece em uma situação trágica como essa, surge uma figura política para tentar se sobressair e fingir que está do lado do povo, visto na pele de Sebastian Blade (Kevin Alejandro), um vereador que queria mostrar como todos esqueceram de Glades e que iniciou uma campanha na qual coloca Oliver e todos os Queen como os grandes culpados por tudo que aconteceu em Glades. Fiquem de olho neste personagem que deverá revelar ser uma pessoa bem diferente da que finge ser.
Outro peso de uma identidade secreta é que acabará de uma maneira ou outra afetando as pessoas ao seu redor, tantos os que sabem sobre a verdade como Diggle e Felicity, como aqueles que nem desconfiam, como Thea e Laurel. Diggle que ainda vive com a sombra da vingança pela morte de seu irmão e buscar a cabeça de Deadshoot, algo que o fez perder sua pretendente Carly, fato que aconteceu enquanto Oliver estava isolado na ilha pensando na morte de Tommy. Diggle sempre presente quando necessário para ajudar Oliver, seja como sua identidade secreta de motorista negro (sensacional!) ou indo para a luta contra China ou seja quem for.
A adorável Felicity tem um enorme peso na história seja como alívio cômico, hilária com sua revolta por ter virado secretária de Oliver, plano do herói para disfarçar a ligação entre eles, mas ela não gostou e sobrou até para uma cafeteiria, afinal alguém que estou tanto sobre computação não se sujeitaria a viver como alguém que vive de fazer café para outras pessoas. Felicity nesta nova fase da trama é também a voz da consciência, com seu jeito de falar tudo o que pensa, a faz ter coragem de dar certas broncas que Oliver merece para aprender que o mundo não gira em torno dele.
Thea é afetada pelo efeito que o Vigilante causou em Roy Harper que agora usa até uma flecha vermelha (mais um sinal do futuro Arqueiro Vermelho) e está disposto a qualquer coisa para torna-se um herói, até perder o amor de Thea. Vendo que não conseguiria fazer com que o jovem deixasse essa sua perigosa ideia de lado, Oliver/Vigilante decidiu usar Roy como o seu olhos em Glades, um herói precisa sempre de bons informantes e assim Roy pode se dedicar mais a Thea.
E por fim um herói terá sempre problemas em sua vida amorosa, sua grande amada ou ama a sua versão herói e não liga para sua identidade secreta ou odeia o herói e gosta de sua identidade comum. Laurel fica no meio-termo, primeiro amava e tinha orgulho do Vigilante e odiava e depois amava Oliver; agora odeia o Vigilante e quer ser apenas amiga de Oliver. Diggle entendeu que o atual ódio de Laurel pelo Vigilante estava afetando Oliver, que não soube lidar com essa situação e quis provar não para a cidade, mas para Laurel de qualquer jeito que tinha mudado e que agora o Vigilante era um herói. Laurel teve uma visão errada da situação de Tommy e o Vigilante ao vê-lo indo embora e deixando seu amigo morto no chão, sem saber que os dois tiveram uma emocionante despedida e não tem noção o quanto Tommy era e é importante para o Vigilante. A insistência de Oliver em convencer Laurel que o Vigilante era um herói pode ter um preço caro quando a agora promotor criou uma armadilha na qual ele terá muitas dificuldades para sair e que será revelada somente no próximo episódio.
P.S.: Novamente a parte mais fraca foi o flashback. Cena que teve importância pelo claro ciúmes de Slade com o romance de Oliver e Shado, além da revelação da caverna com o objeto que Oliver deu para Thea.
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