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Crítica: As Bem Armadas

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Bem-Armadas estreia no Brasil depois de se sair bem-sucedida nas bilheterias estadunidenses e com a fama de ser a primeira comédia sobre duplas polícias estreladas por duas mulheres, Sandra Bullock (Gravidade) e Melissa McCarthy (série Mike & Molly).

A trama segue Ashburn (Bullock), uma agente do FBI toda certinha e ótima em solucionar casos, dona de uma atitude prepotente e introvertida, que a leva a ter uma péssima convivência com seus colegas de profissão. O oposto de Ashburn é  Mullins (McCarthy), uma policial de Boston, bastante agressiva tanto fisicamente como verbalmente, que não respeita ninguém, inclusive o seu próprio chefe, por causa de seu comportamento exagerado é também odiada tanto pelos policiais como pelos bandidos. Quando Ashburn segue para Boston em busca do líder do tráfico local, as duas que são completamente diferentes são obrigadas a trabalharem juntas na investigação.

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Filmes de comédias onde policiais ou detetives que não se dão bem inicialmente e que não tem nada em comum, mas são obrigados a trabalharem juntos, existem há décadas e aqui se diferencia unicamente por ser estrelado por duas mulheres. O diretor Paul Feig volta a utilizar o mesmo humor que deu certo em Missão Madrinhas de Casamento, não faltam piadas escatológicas, humor nonsense e bastante físico. O roteiro de Katie Dippold (Parks and Recreation) faz uma reunião de tudo que já foi feito no gênero, absolutamente nada de diferente, são as mesmas piadas de sempre, personagens caricatos e até pelas suas protagonistas que interpretam os mesmos papéis de sempre.

A personagem de Bullock é uma nova versão do seu papel em Miss Simpatia, mas sem a mesma graça, a atriz agora ganhadora de um Oscar volta as comédias que guiaram boa parte de sua carreira para fazer mais do mesmo, uma agente do FBI solitária, toda dura e que segue as regras, mas que se solta ao conhecer sua nova parceira. McCarthy está virando nos últimos anos um rosto repetido e cansativo em Hollywood, sempre no papel da gordinha bem falastrona e grosseirona, a cada novo filme fica a pergunta de até quando a atriz conseguirá irá levar a sua carreira ficando somente presa ao mesmo tipo de personagem.  Ambas as atrizes parecem presas demais ao roteiro e pouco se vê de improvisações em suas atuações, principalmente de Bullock, um pouco de liberdade se vê mais em McCcarthy que consegue ficar menos restrita a sua personagem e consegue ter um pouco de espontaneidade.

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O único, mesmo assim não muito justificativo, motivo para a comédia ter agradado tanto o público e já ter garantido uma continuação é a química que Bullock e McCcarthy revelam ter desde o início e que aumenta ao decorrer da história. Essa boa dinâmica entre as atrizes é que dá um pouco de alento de que a futura continuação possa conseguir ir além do que foi este primeiro filme.

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2 comentários em “Crítica: As Bem Armadas

  1. […] da ótima bilheteria e o desejo do estúdio 20th Century Fox, a comédia As Bem-Armadas não deve ganhar uma continuação, isso porque a protagonista Sandra Bullock não deseja fazer uma […]

  2. […] diretor Paul Feig ainda deseja tirar algo do sucesso deste ano As Bem Armadas, tudo porque a atriz Sandra Bullock já disse que não planeja fazer uma continuação, apesar de […]

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