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Crítica: Percy Jackson e o Mar de Monstros

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O primeiro Percy Jackson e o Ladrão de Raios deveria ser o início de uma criação de uma franquia de sucesso através da adaptação para o cinema dos livros de Rick Jordan, o longa de 2010 acabou causando uma enorme revolta nos fãs da franquia inconformados com as mudanças feitas na história original. Apesar das críticas dos leitores e do fracasso nas bilheterias nos EUA, o primeiro filme obteve um bom resultado final com a bilheteria internacional, o que claro garantiu uma sequência.

Percy Jackson e o Mar de Monstros deveria ser nova tentativa de conquistar o público e agradar a legião (nos EUA os livros são bem populares) da franquia literária, porém os mesmos erros da produção anterior e não traz nada de novo. Novamente vai afastar os leitores já que mais mudanças são feitas nesta nova adaptação, a maioria delas as piores possíveis e que tiram o valor da obra original.

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Na nova aventura, após um ataque de Luke (Jake Abel), filho de Hermes, ao acampamento que ocasiona na destruição das defesas do local, Percy Jackson (Logan Lerman), Annabeth (Alexandra Daddario), Groover (Douglas Smith) e o novo personagem Tyson (Douglas Smith), um ciclope filho de Poseidon e meio-irmão de Percy, precisam ir até o Mar de Monstros, conhecidos pelos humanos como Triângulo das Bermudas para encontrar um objeto que vai salvar o acampamento e também precisam impedir que Luke desperte o temido Cronos.

O roteiro de Marc Guggenheim (do traumático Lanterna Verde) não consegue passar para a telona os melhores elementos do livro, novamente Percy não tem o seu humor do livro e é tratado novamente como o garoto tímido que cresce ao longo da história. A fluência do texto agradável e atraente de Jordan também é perdida, perde-se a paixão pela cultura grega que o autor conseguiu despertar nos jovens, e que é trocada por uma típica aventura, bastante infantil, que coloca os personagens enfrentando uma série de desafios, que inclui um touro mecânico, monstros e para terminar uma enorme criatura, obviamente com chifres para ficar ressaltado o seu lado maléfico, no que parece uma típica fase final de um jogo de video game, mas termina de forma tão apressada que estraga toda expectativa para a cena.

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O que agrada não está na trama e sim na parte técnica e nos efeitos especiais, monstros bem produzidos e uma animação bem interessante exibida no começo do filme e  o diretor Thor Freudenthal consegue criar cenas de ação bastante aceitáveis. O elenco é uma nova decepção, felizmente o insuportável personagem Groover tem pouco espaço desta vez, o bom ator Logan Lerman parece mais confortável no papel, mas o seu personagem, nesta versão, não tem carisma para ser um protagonista atraente e novamente é ofuscado pela atuação simpática de Alexandra Daddario como Annabeth.

A sequência repetiu o péssimo resultado nas bilheterias dos EUA, mas os números nas bilheterias internacionais pode acabar garantindo uma nova sequência. Percy Jackson e o Mar de Monstros não é a adaptação que os leitores gostariam de ver, pelo contrário acaba de vez dividindo a franquia em dois públicos, os que gostam dos livros e consequentemente odeiam as adaptações, e aqueles, poucos, que gostam dos filmes, mas nunca leram os livros e infelizmente nunca vão conhecer as qualidades reais dessa história e seus personagens.

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