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The Newsroom – 2×04 – Unintended Consequences

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Muito mais que o aconteceu com a matéria sobre Gênova, o que todos queriam saber ainda mais é como Maggie mudou tanto de uma temporada para outra, e sem muito mistério o destino da personagem foi revelado. O episódio começou no presente com a entrevista com a cruel advogada que tentou enganar Maggie com seus truques psicológicos, mas a jornalista foi mais esperta e logo de cara no seu depoimento declarou que não estava maluca e que por mais que a advogada tentasse ela não iria chorar.

Esperava algo bem mais trágico sobre o que aconteceu com Maggie na viagem para Uganda que a fez mudar tanto, mesmo assim foi uma história triste e comovente. A maneira que tudo foi narrado intercalando com as outras tramas do episódio foi uma maneira bem acertada de diminuir o impacto da revelação. Maggie e Gary foram para a escola em construção como uma troca para promover os militares e assim pode trabalhar no local, o que era para ser somente um passo antes de irem para o seu objetivo principal, o que acabou sendo encurtado também por causa do guia que não quis levá-los embora e eles passarem a noite no local era mais que esperado que essa decisão que isso não terminaria bem. Maggie e Gary Cooper (o nome perfeito para virar piada) chegam em Uganda e encontram um cenário ainda pior do que imaginavam, crianças abandonadas e com medo até de uma câmera, uma cena muito chocante para qualquer pessoa que vive em uma sociedade acostumada como nossa a televisão.  Logo de cara Maggie no local se encantou por uma das crianças chamada Daniel, um menino com medo e quieto em busca de carinho e que encontrou com Maggie que leu para ele o mesmo livro diversas vezes.

Um grupo de homens locais atacaram a escola somente porque queriam a câmera de Maggie, colocando a vida dela e de todos, incluindo as crianças, como Daniel que acabou não sendo esquecido no local durante a fuga por Maggie que o levou nas costas para ônibus, mal sabia que isso seria a decisão que salvaria a sua própria vida e acabaria com a da criança. O flashback dela lendo o livro para Daniel no ônibus foi somente uma visão do que Maggie que queria que tivesse acontecido, mas não foi isso e sim algo pior, quando Maggie estava entrando no ônibus tiros foram dados e um deles pegou a coluna do pobre Daniel que acabou morrendo no lugar de Maggie já que a bala era para ter a acertado e isso foi o que aconteceu, menos pior do que o imaginado, mas não menos triste. O professor na África viu o olhar impressionado de Daniel com o cabelo loiro e comprido de  Maggie algo que a criança nunca tinha visto antes na vida e ainda recomendou ele ficar a longe das loiras que só trazem problemas, uma piada leve que acabou marcada na mente de Maggie e foi o motivo dela mudar totalmente o seu visual e sua própria personalidade.

Maggie viu sua empolgação com sua primeira matéria internacional durar praticamente nada e terminar com um trauma para toda a sua vida. Meg mudou e muito está mais confiante, séria, menos frágil e muito mais decidida e o que ela passou na África mudaria qualquer pessoa e a tragédia que passou lá a fez amadurecer. Não vou dizer que fiquei satisfeito o bastante com a revelação, esperava algo até mais forte e ousado, menos clichê, foi comovente, mas nada que fará aqueles que não gostam da personagem mudarem de opinião. Se a revelação teve um impacto aceitável foi pela atuação de Allison Pill que se saiu bem em todas a cenas, principalmente no seu depoimento e na hora que falou do barulho dos tiros.

Jim novamente continuou sua saga para provar que é o homem mais honesto da face da terra. Conseguiu prejudicar ainda mais Hallie, que tomou uma bronca feia de seu chefe, e outro jornalista que acabaram expulsos do ônibus da campanha e tendo que dividir um quarto, além de Jim conseguindo a proeza de não alcançar e achar o ônibus, prejudicando assim a cobertura e irritando Mackenzie e Charlie que perceberam que o produtor não era a pessoa certa para teste tipo de reportagem. A falta de sorte de Jim parecia ter melhorado com ele irritando tanto Taylor, a representante de Romney no ônibus, que ela perdeu a compostura e acabou o xingando, e por isso cedeu o sonhado desejo de Jim de ter uma entrevista de meia hora com Romney, mas Jim sendo o bobo que é acabou cedendo a entrevista para Hallie! Jim parece ter um sério problema de ser controlado por mulheres e novamente tendo um gesto nobre como esse acabou sendo ainda mais prejudicado. Para dar uma boa lição em Jim e também para tirá-lo da cobertura Taylor foi esperta ao contar para Mackenzie o que ele tinha feito para Hallie, o que acabou resultando nele sendo obrigado a se retirar da reportagem e voltar para Nova York. Dos males o menor foi o beijo de Hallie e dizendo que não liga de ser a “recuperação” para o jornalista superar Maggie. Com Jim voltando para Nova York e encontrando uma Maggie bastante afetada psicologicamente, o romance dele com Hallie deve esfriar e novamente o produtor deve correr atrás da sua grande paixão.

Somente Neal com ingenuidade acharia que a entrevista da representante do Ocupy, Shelley, com Will terminaria de alguma maneira sendo boa para ela. O âncora a massacrou, a humilhou e também o seu movimento, apesar da maneira errada, preciso concordar com tudo que Will disse sobre um movimento sem liderança e sem uma causa mais definida para ser conquistada, o que claro lembrou a onda de protestos no Brasil e o caminho perigoso que a mesmo está tomando. O fracasso da entrevista poderia não ter nenhuma importância e ser apenas uma nova pessoa para odiar Will e ter dado um belo chute em Neal, o problema é que Shelly tinha uma nova e importante fonte sobre a matéria de Gênova e não queria ajudar Neal e ninguém do jornal até Will lhe pedir desculpas ao vivo na televisão, o que nunca aconteceria. Essa história acabou rendendo os momentos cômicos do episódio, com Mackenzie tentando encontrar alguém que conseguisse fazer com que Shelly mudasse de ideia, todos menos Will que claro não aceitou pedir desculpas. Novamente tanto Sloan como Don funcionaram perfeitamente como alívios cômicos em suas próprias maneiras. Sloan que assistiu somente agora Titanic e que nunca vai largar a Kodak, típicas piadas sarcásticas que quando colocadas juntas funcionaram perfeitamente. Tanto Sloan quanto Don (o egocêntrico) acabaram perdendo, com razão, a paciência com a metida da Shelly, uma professora de faculdade que se acha mais do que é de verdade.

Quase caí para trás ao ver Will indo na faculdade conversar e pedir desculpas para Shelly, porém o jornalista não mudou sua maneira de pensar e foi conversar porque sabia que tinha exagerado e não somente pela fonte, já que a equipe já tinha encontrado a pessoa. Will assumiu para Shelly que passou dos limites e a usou para manter sua fama de moderado, mas não aceitava ser chamado de convencido porque na verdade estava passando por uma crise de confiança! Não esperava ver Will assumir um problema para uma professora de faculdade que mal conhecia e nem respeitava muito bem. Shelly ainda deu um conselho para Will dizendo que toda a sua crise pode estar envolta sobre ele não ter certeza se tem uma namorada, com a sua resposta bem no meio-termo, novamente tudo volta para o assunto Mackenzie e a sua nova “namorada” Nina. Um elogio para atuação de Jeff Daniels perfeita como Will, só gostaria de ver uma participação ainda maior dele já que seu personagem é o melhor da série.

Todo essa confusão para conseguir a fonte para a matéria Gênova, um homem líder de uma ONG que aparentemente foi desfeita pelo governo após relatar sobre o tal ataque dos militares americanos usando o sarin, que mais tarde provará ser a pior escolha que a equipe já fez e assim toda a trama retorna ao ponto inicial do episódio com o processo e advogada.

3star

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