É desanimador ver uma série com tanto potencial e excelentes personagens como Dexter ter um episódio tão nulo e que trouxe algo novo apenas em seus minutos finais, se é que mais uma crise de Debra impressiona alguém ainda.
Debra é um peso na vida de Dexter, a própria Vogel já percebeu isso e está tentando assumir e ajudar ela simplesmente porque quer ver sua experiência/Dexter trabalhando no caso dela e não perdendo tempo com isso. As conversas entre Dexter e Vogel continuam sendo o melhor desta temporada, a doutora o fez acordar das suas limitações de sentimentos, na verdade concordo com ela, por mais que Dexter se esforce e tente acreditar que sente algo por Deb, na verdade para ele, Deb sempre foi mais uma segurança para esconder sua verdadeira personalidade e alguém que poderia contar quando tivesse com problemas.
Reafirmo a minha teoria de que o começo do triste fim de Dexter começou com Debra e o descontrole dos roteiristas sobre a personagem. Todo esse melodrama dela está ficando tão cansativo como a história da paixão dela pelo irmão que a tentou ajudar mostrando o quanto ela já ajudou diversas pessoas e etc, mas Deb levou isso para o lado e acreditou que para melhorar e seguir em frente precisava confessar o que fez com LaGuerta. O drama continuou com Debra tentando convencer Quinn de que tinha matado LaGuerta, porém o policial com seu amor não correspondido não acreditou na história e mais uma vez chamou Dexter para ajudá-lo e finalmente nosso serial killer predileto agiu do jeito certo ao usar a droga para fazer ela dormir e com a ajuda de Vogel tirar ela do local. Mesmo gostando de Deb, acredito que Quinn ficará com essa história da confissão dela na cabeça e pode até começa a desconfiar de que existe algo escondido nesta história, mais ainda sabendo que ele nunca simpatizou com Dexter.
Já o serial killer da temporada continua seu jogo contra Vogel e agora Dexter já que o assassino percebeu que a doutora está trabalhando com outra pessoa. O tal assassino que especula-se ser um neurocirurgião está brincando com ambos e com a polícia ao matar o falso culpado e assim conseguir enganar facilmente a todos que o caso estava simplesmente solucionado. O serial killer novamente mandou um presente para Vogel e agora também para Dexter e essa história ainda deve ser a carta na manga dos roteirstas, talvez até uma grande revelação sobre a verdadeira identidade do assassino.
Duas cenas chamaram negativamente a atenção a primeira logo de cara com Dexter achando o pequeno Harrison no chão do banheiro (lembrança de Rita) e parecendo que tinha sangue no seu corpo, mas era nada mais do que um sorvete. A outra foi o olhar de nojo de Dexter ao ver os dedos na comida do canibal, uma contradição afinal como um homem que tem prazer em matar e despedaçar suas vítimas, fica com nojo de um dedo! Duas cenas que elevam a sensação de estranheza não só com as opções simplistas da trama, mas também de como seu protagonista não é mais o mesmo e se assustando e ficando com nojo de coisas que normalmente não o afetariam. Tudo melhorou com Dexter finalmente voltando a vestir a sua clássica roupa e novamente o seu ritual para matar o canibal e assim voltar a fazer o que sabe e como disse a Vogel, Dexter é perfeito como serial killer.
Com Vogel assumindo o caso de Debra e Dexter tendo mais tempo para investigar o serial killer acredito que a trama pode deslanchar e não ter mais episódios supérfluos como este.
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