O primeiro Se Beber, Não Case! conquistou o público com seus personagens lunáticos, humor nada politicamente correto e sua história com espírito anárquico onde tudo era possível. O segundo ainda é alvo de polêmica já que muitos não gostaram, particularmente prefiro muito mais a segunda parte do que a primeira por ter um humor ainda mais ousado e uma história que só segue para cima e nunca desanda.
Após duas partes com a mesma premissa, o terceiro filme precisava ter algo novo para não torna-se apenas uma repetição dos anteriores e consegue isso parcialmente com uma história que muda o estilo da franquia, mas sem alterar seus queridos personagens, porém o humor negro permanece na sua essência porém é modificado. O terceiro filme não parece como os outros uma comédia de erros e sim de aventura, por isso as piadas dos seus personagens não conseguem ter o mesmo efeito exatamente por não ser colocado no tipo de história que funcionou anteriormente.
O terceiro filme não tem casamento e muito menos uma ressaca e e sim os fantasmas e as consequências das aventuras passadas retornam para castigar o wolf pack novamente formado por Phil (Bradley Cooper), Alan (Zack Galifianakis) e Stu (Ed Helms). Na trama, Alan está há seis meses sem tomar seus remédios e sua saúde mental piora ainda mais depois da morte de seu pai, seus familiares e seus quatro amigos Stu, Phil e Doug (Justin Bartha) fazem uma intervenção e decidem levá-lo para uma clínica para pessoas com problemas mentais. Durante a viagem eles são interceptados por um perigo traficante chamado Marshall (John Goodman) que exige que o Wolf Pack encontre Sr. Chow (Ken Jeong) que roubou dele uma enorme quantidade de dinheiro e como garantia o traficante sequestra Doug.
A trama que é dita como o fim da trilogia é propositalmente parecida com a primeira, no lugar de Doug desaparecido ele é sequestrado e Wolf Pack precisa achar Chow para salvar o amigo. Todas as referências e ligações da trama são ao primeiro filme, incluindo o retorno de personagens, parece que vendo que o público não ficou contente com o segundo, o diretor de todos os filmes Todd Phillips que assina o roteiro junto com Craig Mazin preferiu pular a segunda parte sendo lembrada somente em uma cena envolvendo Phil.
A primeira parte da trama é a melhor e a que rende mais momentos engraçados muito por ter Alan como tema central e seu comportamento que parece ter chegado ao limite da loucura, novamente Galifianakis bem no principal papel de sua vida onde se confunde interpretação com a verdadeira personalidade do ator. Já os seus colegas de elenco não parecem bem como antes, Ed Helms não consegue evoluir seu personagem que repete os mesmos trejeitos e algumas falas são até iguais as ditas nos anteriores. Cooper com seu Phill continua com o mesmo papel de galã e o mais consciente do trio, novamente é uma espécie de visão do público rindo em diversos momentos das situações absurdas que acontecem na sua frente.
Assim como aconteceu no segundo filme o destaque é o Mr. Chow (Ken Jeong perfeito) com seu comportamento insano onde tudo é possível, o personagem é uma bomba relógio que pode explodir a qualquer momento. As melhores piadas e com isso as cenas mais engraçadas são protagonizadas pelo personagem que faz toda a diferença para a trama não ficar morna demais.
Se Beber Não Case, Parte III é o mais fraco da franquia e ao mudar sua história comprova que sem casamentos e ressacas não tem a mesma graça, o humor insano torna-se comum. Os fãs mais fiéis e que gostaram dos filmes anteriores vão ficar satisfeitos com o final da história, isso é se realmente for o fim já que o longa tem uma cena pós-crédito, a mais engraçada de todas, que fica entre uma deixa para um novo filme ou um presente para o público que acompanhou a trilogia.
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