Foram nove belos anos e como contar e terminar essa história em um episódio de apenas cinquenta minutos? A melhor maneira verdadeiramente não era fazer piadas e sim pegar as melhores qualidades de cada personagem para relembrar tudo que aconteceu nestas nove temporadas The Office. A maneira para contar a história final foi muito sagaz adiantando a história em um ano desde o último episódio e usando a desculpa do casamento de Dwight e Angela e a reunião do elenco do documentário para lembrar de toda a turma.
Andy ou melhor o Bebê Wa Wa tornou-se sim um sucesso, mas não da maneira que desejava, mesmo assim percebeu que conseguiu conquistar um público com a sua participação no documentário. Andy na verdade nunca saiu da faculdade e para lá voltou agora em um novo trabalho, onde terá a oportunidade de aconselhar outros alunos, espero que a não terem um futuro como o dele. Como não rir de um personagem como Creed sentado no fundo, sempre quieto e quando fala diz palavras sem nexos para no final descobrimos que ele tinha roubado nos anos 70 LSD do governo e teve que fingir sua própria morte. Os minutos finais dele cantando a bela música com sua barba enorme e por fim sendo preso, afinal sua história já tinha sido contada.
Oscar e sua personalidade ativa, emocionando ao dizer que o documentário pegou o papel e transformou em algo mais e agora depois de levar fora de um senador decidiu ele torna-se um, enquanto não é eleito continua seu trabalho na Dunder. Stanley e seu jeito grosseirão finalmente irá descansar em um lugar bastante afastado do mundo, afinal ele nunca foi uma pessoa sociável, divorciado e fazendo aves de madeira. A doce Phylis emocionou muito com jeito gentil e sendo sempre criticada por Angela e no final em um belo gesto a literalmente carregou sua amiga para o altar/cova. Phylis sensível ao falar da saudades de seu companheiro de mesa Stanley e tentando transformar o seu novo em um nova versão do seu grande amigo.
Grande, bobo e carismático este é Kevin que foi demitido em uma decisão difícil e lógica de Dwight, afinal é incrível como ele conseguiu ficar tantos anos trabalhando sem saber absolutamente nada de matemática. Fez as pazes com Dwight e agora tem um bar, até achou que era gay ao ficar emocionado com a música de Creed, este é o puro e ingênuo Kevin. Toby, o personagem feito para ser alvo de chacotas ao longo destes nove anos com sua enorme carência e personalidade depressiva, não conseguiu ficar com Nellie, porém percebeu que seus amigos de escritório gostam dele e agora vive sua vida com mais seis pessoas em Nova York enquanto tenta escrever seu livro. Nellie foi assim como Erin duas personagens introduzidas quando a série já não vivia sua melhor fase e o final delas foi mais para dar um encerramento para suas histórias. O mesmo pode ser dito para Kelly e Ryan que não deixaram saudades e o retorno deles foi bem sem graça, que sejam felizes juntos, repito também para Darryl que se não brilhou na série, pelo menos na vida ficíticia seu personagem obteve sucesso.
Michael Scott sempre foi a alma da série, sem ele a produção caiu e acabou chegando inevitavelmente ao seu fim, seu retorno foi a melhor pegadinha de Jim para Dwight. Michael voltou para dizer a primeira frase da história da série e para ver como seus filhos cresceram, porque o maior sonho de um pai é ver seus filhos crescidos e casando entre si, mais Michael Scott que isso impossível! Uma pena que ele não participou mais da última temporada, a série deveria ter terminado quando ele anunciou sua saída.
Filhos como Dwight e Angela, um dos meus personagens prediletos de todos os tempos, irei sentir muita falta do jeito absurdo e dono da verdade, suas broncas com Jim e no final a amizade eterna entre os dois ou melhor trio, incluindo Pam. Quase morri de rir com a festa de solteiro e Dwight não conseguindo entender que a garçonete era na verdade uma stripper, mais engraçado o casamento realizado em uma cova. O ator Rainn Wilson fez sua história com este amado e inesquecível personagem.
Depois de uma crise desnecessária, Pam e Jim voltaram a ser o casal fofo de sempre, vou revelar que chorei quando ela disse que o relacionamento deles não era um conto de fada e sim um livro tão perfeito que você quer que nunca acabe, como Harry Potter, piada encaixada na hora certa. Pam percebeu que era hora de pensar em Jim e depois de ele fazer tanto por ela, era hora dela retribuir e agora os dois vão começar uma nova vida em Austin, com Jim no emprego dos sonhos e com Pam sempre ao seu lado. Lindo o texto de Pam dizendo que as pessoas precisam ver o que está na frente dela e aproveitarem ao máximo a vida.
Como disse Pam, The Office soube pegar coisas ordinárias de uma empresa de papel para fazer o público rir e se emocionar, afinal o que é realmente nossa vida se não um monte de coisas ordinárias que em um dia tem um valor enorme ou oposto e no dia seguinte muda totalmente seu valor. Um emocionante final e apesar de um caída de nível nas duas últimas temporadas, The Office fez sua história, irei sentir falta da série na próxima temporada.
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