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Hannibal – 1×04/05 – Ceuf/Coquilles

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Antes de começar o review é preciso explicar o que acontece na ordem dos episódios de Hannibal. Após o triste atentado na maratona de Boston, o criador da série Bryan Fuller junto com os chefões da NBC decidiram que o quarto episódio da série não deveria ser exibido, já que envolvia assassinatos sendo cometidos por crianças. Como o episódio continha momentos importantes para a continuidade da história, foi decidido exibir o episódio online divido em seis partes e sem o polêmico caso. No Brasil e em outros países o episódio foi exibido por completo. Porém este review será feito baseado no episódio divulgado na internet, com a versão mais curta.

O quarto e pequeno episódio de apenas 22 minutos e o que mais chamou a minha atenção é que como sem o caso da semana, a série fica muito mais atraente e madura, centrando-se nos cada vez melhores diálogos e desenvolvimento dos personagens.

Sem o caso da semana, a trama foi centrada em Abigail, a misteriosa personagem ficou ainda mais ligada a Hannibal, a ligação entre eles cresceu ainda mais e fica cada vez mais claro que ele enxerga algo de especial na garota, além dela saber sobre o seu segredo e o dela. Abigail tenta continuar sua vida e quer sair do hospital/hospício decisão que Alana não concorda e discordando dela Hannibal levou sem a permissão da doutora a garota para sua casa.

Hannibal queria expor a verdade sobre Abigail e por isso usou os tais cogumelos para tentar tirar algo mais da garota, porém Alana chegou bem na hora e confrontou o doutor por ter feito algo sem a permissão dele, mas com sua inteligência conseguiu enganar facilmente a doutora sobre o estado mental da garota.

Graham nos dois episódios mostrou que sua instabilidade emocional está chegando ao seu limite já que sua ligação com as mentes dos criminosos é intensa e perigosa demais. No quarto episódio as conversas de Graham e Hannibal tivemos referências as histórias familiares de cada um e como Graham quer sem perceber criar uma família com Abigail, muito pelo sentimento de culpa por não ter salvado a mãe dela.

É impressionante a diferença entre os dois primeiros episódios de Hannibal e os três mais recentes, principalmente este quinto que trouxe um espaço maior para Crawford que ganha uma força enorme graças a excelente atuação de Laurence Fishburne.

Como já virou tradição na série tivemos em ambos episódios, o jantar de Hannibal com Crawford novamente com um humano como refeição, isso claro sem o agente saber. Fato é que o quinto episódio girou totalmente em torno de Crawford, mesmo com ele fora de cena em certos momentos.

O mais importante da trama foi realmente apresentação da esposa de Crawford, Bella (Gina Torres muito bem no papel), o casamento dos dois citados em alguns episódios agora surge como uma história que pode ser muito promissora se continuar a ser bem desenvolvida. O casal enfrentava uma crise no relacionamento e Bella decidiu pedir ajuda para Hannibal, apesar dos conflitos de interesses. Repito os diálogos de Hannibal são deliciosos, as conversas entre Hannibal e Bella foram madura e inteligentes, deixando um mistério sobre o que ela escondia de Crawford e quem diria que o tema principal do episódio acabaria sendo câncer. Foi ótima cena de Crawford e Bella conversando e tentando se acertar, apesar de parecer um pouco fria, na verdade Bella quer poupar o seu marido sabendo de tudo que ele já enfrenta no seu trabalho, os dois formam um belo casal e com uma história muito bonita.

O que marca o episódio também é como Hannibal começa declaradamente tentar tirar Graham de perto de Crawford, fazendo que ele acredite que o agente está fazendo mal para ele e o usando para pegar os criminosos Graham. O motivo de Hannibal querer Graham longe de Crawford é ainda um mistério, talvez uma auto-defesa para evitar que Graham acabe entrando em algum caso que ele seja o culpado, sabendo da inteligência do seu novo amigo. Hannibal quer Graham ao seu lado, já o chama de amigo propositalmente para criar assim um elo fora do trabalho, o que Graham não terá com Crawford.

O plano Hannibal de afastar os dois não será assim tão fácil, Graham até chegou a pedir para sair do FBI, só que Crawford lançou argumentos que o fizeram repensar a ideia, o agente conhece também bem Graham e foi esperto ao falar do sentimento de culpa que ele sentiria ao descobrir que ele não ajudou pessoas que  no futuro podem estar mortas por causa da negligência dele. O elo de Graham com Crawford ficou ainda mais evidente com a cena final, onde pela primeira vez uma relação de amizade surgiu entre os dois, com Graham querendo fazer com que Crawford conversasse com ele sobre seus problemas, obviamente sobre a bomba relacionada a Bella.

Uma cena que chamou bastante a minha atenção e não pode deixar de ser comentada é quando Hannibal cheira Graham e fala da sua loção pós-barba, porém acredito que ele tenha sentido o cheiro de algo mais, essa ideia ganha mais força por ele ter contado a história de ter descoberto que um professor estava com câncer só sentindo o cheiro dele. Será que Hannibal descobriu que Graham está com alguma doença? Um grande e novo mistério.

O caso da semana sobre o homem com câncer e sua mania por anjos foi muito interessante principalmente por não se apoderar de todo o espaço da história e sim colocado de forma certa, dando espaço para o restante da história ser desenvolvida calmamente e no final o câncer do assassino da semana foi só a deixa para o tema principal do episódio que foi a doença.

4star

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