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Elementary – 1×20 – Dead Man’s Switch

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Quase um mês depois Elementary voltou e mais uma vez com um episódio de alta qualidade e aumentando ainda mais a certeza que Elementary está conseguindo criar sua própria identidade e deixando de ser uma versão americana da britânica Sherlock (ainda assim muito superior), mas sim uma série com elementos próprios e um protagonista bastante carismático.

O caso da semana foi bem dinâmico e como sempre digo é muito melhor quando Holmes trabalha fora da polícia em casos particulares e desta vez realmente virou uma questão pessoal. Holmes iria aceitar o caso de qualquer jeito por envolver estupro, um crime horrível e também chantagem que como disse o Sherlock pode ser às vezes muito pior que assassinato. Mais uma vez os roteiristas criaram uma ótima história recheada de detalhes e novidades a cada passo da investigação do protagonista.

Começou com um pequeno caso de estupro com garotas e o criminoso preso, mas os pais das vítimas estavam sendo chantageados por um homem que tinha as gravações dos estupros e ameaçava colocar na internet se não recebesse uma alta quantia. Como Watson disse foi fácil demais descobrir quem era o chantageador, só que a surpresa foi Sherlock estar na casa bem na hora que o culpado foi assassinado na sua frente. A qualidade do texto da série se vê em uma cena como Sherlock conversando com o Capitão Gregson sobre a possibilidade dele ter ou não visto um assassinato e como a revelação do crime poderia piorar a situação das garotas e não descobrir a identidade do cúmplice, a lógica e a maneira como passa suas ideias é tão forte que até o próprio Capitão concordou com o plano de Sherlock.

Como sempre acontece na série o caso foi crescendo cada vez mais e com muitas reviravoltas, discordo de quem diz que a série está seguindo um padrão óbvio, pelo contrário ela tem sim como todo seriado um estilo de narrativa, mas o diferencial de Elementary é a maneira como essa narrativa é contada. Os casos não são facilmente resolvidos, pelo contrário, é preciso pensar em detalhes que passariam despercebidos se não fosse a mente de Sherlock, como a questão de ver que o tal cúmplice usava nomes que começavam com a primeira e a última letra do alfabeto e assim por diante, são detalhes como esse que conquistam o público. Talvez eu seja lerdo, o que não acredito ser muito (risos), porém não desconfiei em nenhum momento que o pai da garota era o verdadeiro culpado por de trás de tudo e o terceiro envolvido na chantagem, mais uma vez a leveza do texto em revelar o culpado no último segundo.

Caso a parte, o episódio teve também mais um momento do amadurecimento de Sherlock como pessoa e a importância de Watson em sua vida. A recusa em aceitar a ficha pelo um ano de sobriedade escondia um segredo muito difícil para Sherlock assumir e revelou somente porque confia e respeita Watson, já que na verdade Alfredo é só um substituto como padrinho, já que ela é a verdadeira companheira dele neste problema. Foi bastante emocionante Holmes (Jonny Lee Miller dando show) contando porque não queria comemorar a data e a história dele ter tido uma recaída um dia depois de internado, novamente um lado mais humano e sensível do protagonista ao assumir suas falhas. Mais tocante ainda foi Watson o presenteando com o quadro e a bela mensagem que deixou Sherlock Holmes emocionado e com lágrimas nos olhos.

Felizmente agora não teremos mais pausas na série e sim quatro episódios seguidos para terminar a primeira temporada e é bem provável que em quase todos o tema principal seja somente um: Moriarty!

3star

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