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Californication – Sexta Temporada

Episode 609

Nesta nova fase do blog onde textos sobre episódios de séries ganharam um grande espaço, comento atualmente mais de 30 séries, porém eu devo assistir quase em torno de 100 séries do mundo todo. Como este blog é feito somente por uma pessoa, que tem uma vida fora dele, seria impossível escrever semanalmente sobre todas as séries que assisto, por isso criei a coluna Comentando a Temporada, onde ao final de cada ano de uma série irei fazer um texto sobre o que achei da temporada por inteira. Ressalto que seguindo a política do TC&M irei escrever textos centralizados mais no resultado final da temporada.

Começo falando de uma das minhas séries prediletas Californication, que teve em seu sexto ano a sua temporada mais mediana, mas a temporada teve sim seus bons momentos, foi  principalmente muito divertida principalmente por causa de dois novos e excelentes personagens Faith e Atticus, porém no resultado final não trouxe nada de novo para a história.

Hank começou a temporada ainda traumatizado e entrando em uma onda de autodestruição pelo que aconteceu com Carrie (Natalie Zea), mesmo tendo apoio de Karen que aceitou que tudo que aconteceu não foi culpa dele, finalmente ela viu que ele não é o monstro que aprece. O episódio inicial deu o gancho para o que viria ser o tema principal da temporada, a adaptação de A Crazy Little Thing Called Love para um musical, obviamente ideia administrada por Charlie (Evan Handler), que foi o personagem mais engraçado da temporada como sempre. Outro tema do começo do ano que serviu de gancho para todos os outros episódios, foi quando todos os seus amigos decidiram que estava na hora de Hank fazer um tratamento colocando ele em uma clínica para viciados, o que claro não deu certo.

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Como não gosto de seguir uma rotina padrão, prefiro comentar primeiro sobre Charlie como sempre o alívio cômico perfeito, o empresário de Hank viveu diversas emoções nesta temporada. Começou fingindo que era gay para conseguir um ator do momento como cliente e quando a verdade foi descoberta acabou perdendo o emprego de novo; Ainda virou empresário de um roqueiro, foi atacado por uma mãe tarada em um banheiro de um parque infantil e para surpresa geral acabou finalmente voltando com Marcy (Pamela Adlon) com quem casou novamente! A melhor e única surpresa desta temporada. Os dois merecem ficar juntos, casal fofo demais mesmo com suas brigas, coitado do Stu (Stephen Tobolowsky) que ficou sozinho de novo.

A fofa Becca (Madeleine Martin) cresceu e muito nesta temporada, já é muito mais madura do que seus próprios pais, decidiu largar a faculdade e quer ser uma escritora  igual a Hank, decisão que não foi nada bem recebida pelo seu pai. Becca decidiu entrar em uma onda de viver a vida e aproveitar tudo, como drogas e claro sexo. A sua tentativa de ser escritora não deu muito certo pela visão de Hank, no bom oitavo episódio Everybody’s A Fucking Critic, com o protagonista tendo que dizer para sua própria filha que seu romance não era bom. Diante da decepcionante recepção do seu pai e ídolo, Becca decidiu começar uma viagem pelo mundo ao lado do seu estranho namorado (Hank odiava ele com razão) e assim se despediu dos seus pais, foi um dos momentos mais tocantes da temporada, principalmente por ver Hank e Karen como eram antigamente. Que Becca volte ainda mais madura e tenha um papel maior na próxima temporada. Sobre Karen não tenho quase nada a dizer, personagem pouco apareceu e quando teve seu tempo espaço em tela foi em um episódio no qual sentiu ciúmes de Hank com Faith, e acabou transando com Eddie Nero, história que achei bem desnecessária, já que se ela sente tanto ciúmes porque não fica logo com ele!

Nesta temporada tivemos muitas participações especiais, todas ajudaram e muito a essa temporada não passar despercebida, sem esses personagens o sexto ano da série não teria valor algum. Jorge Garcia como um hilário traficante que trouxe problemas para Charlie; Marilyn Manson como ele mesmo, também rendeu bons momentos principalmente quando quis fazer uma suruba com Becca (Madeleine Martin), Johann Urb como Robbie que quase fez Charlie virar gay, aléas costumeira e sempre ótima participação de Rob Lowe como o maluco do Eddie Nero, ainda quero ver esse personagem como um integrante regular do elenco.

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Vou destacar três participações especiais que deixaram, cada uma a sua maneira, suas marcas na história da série; começando com uma menor Maggie Wheeler, a eterna Janice de Friends, como uma feminista maluca que no final se apaixonou por Marcy. A cena dela prendendo Marcy e Charlie foi a mais engraçada de toda temporada. A segunda foi o comediante e músico britânico Tim Minchin como o roqueiro Atticus Fetch, personagem engraçado com seu comportamento maluco de rock star que queria de qualquer jeito com ajuda de Hank fazer um musical. Atticus era engraçado e maluco na medida certa, teve ótimos momentos como quando encontrou com Maryln Manson, o episódio que queria drogas e principalmente o episódio do avião dele quase caindo. Esse episódio teve a cena mais absurda da temporada envolvendo Charlie e a ex-mulher do guitarrista que Faith era musa e Atticus criando uma canção no meio desta situação. O personagem teve uma despedida formal da história, mas ainda espero que ele retorne, assim como a próxima personagem.

Sempre considerei Maggie Grace uma péssima atriz, só que a jovem fez a melhor atuação da sua curta carreira como Faith, uma clássica groupie e musa de roqueiros, escritores e etc. Faith foi uma personagem adorável que deixou sua marca na história e em Hank, desde quando ela apareceu pela primeira vez desequilibrada pela perda do seu amor até o início e fim do romance com Hank. Grace conseguiu fazer uma atuação bem desenvolvida e madura ao usar de seu conhecido charme e beleza (belíssimo corpo) para personificar uma musa. Faith brilhou em todos os episódios que apareceu, destaco quando ela levou Hank para conhecer sua família e entendemos melhor sobre o porquê dela ter virado uma musa. A personagem agradou o público em geral e quem sabe teremos ela de volta na próxima temporada, já que de todas as rápidas paixões que Hank teve na série, Faith foi de longe a melhor, e no final até torcia para os dois ficarem juntos, principalmente depois da adorável a cena final dela dizendo que seria capaz de amar Hank desde que ele também amasse ela.

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Deixei Hank (David Duvochovny no melhor papel da sua carreira) por último porque para ser sincero tenho pouco para falar dele, o escritor teve mais momentos dramáticos nesta temporada do que engraçados, seu romance com Faith poderia ter feito abrir os olhos para novas possibilidades para ser feliz, mas não, ele sempre volta para a mesma situação. Hank Moody empacou em sua vida e como já vem acontecendo começou tentando voltar com Karen (Natascha McElhone) e acabou da mesma maneira. A sexta temporada pode servir como um ritual de passagem para Hank e que parece ter decidido que seu destino é Karen e ponto final, enquanto não ficar ao lado dela, nunca será feliz.

Com essa decisão tomada quem sabe os roteiristas comecem a desenvolver a série já com Hank e Karen juntos, consigo ver a série continuar mesmo com os dois como um casal série, não dá para ter mais um ano com essa enrolação entre os dois. Certo é que a resposta sobre o futuro de Hank e Karen só será revelada na sétima temporada que estreia, infelizmente, em janeiro de 2014.

 3star

Um comentário em “Californication – Sexta Temporada

  1. […] estilo antigo de trabalhar. A sétima temporada tem estreia prevista para janeiro de 2014. Clique aqui para ler o texto sobre a sexta temporada da […]

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