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Nos Cinemas: Oz – Mágico e Poderoso

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É raro encontrar alguém que não tenha assistido ou pelo menos conhece a história do clássico O Mágico de Oz, longa de 1939 baseado na obra de L. Frank Baum. A clássica história já foi recontada de diversas maneiras e até versões alternativas como um estrelada por Michael Jackson e até uma brasileira com Os Trapalhões. O diretor Sam Raimi utiliza os clássicos personagens para fazer um bom prelúdio que conta como Oz tornou-se o grande mágico da terra maravilhosa.

Diante de tantas críticas, a maioria delas exageradas, acredito ser extremamente necessário que alguém defenda o longa e fuja das opiniões iguais e extremamente chatas que estão sendo feitas sobre o filme. O sucesso do longa, sim o filme é bom, se deve muito ao seu diretor Sam Raimi e as opções que tomou para contar a história. O conhecido cineasta não pretende inventar ou criar uma grande história, faz um filme bom porque acerta na simplicidade e principalmente na homenagem que presta a obra original. O diretor traz da primeira (belíssimo começo em preto e branco) até a última cena os principais elementos principais da história original, como dito acima conhecida por todos, para criar um prelúdio que respeita sua história passada. Claro que Raimi poderia ter sido mais ousado e criado uma obra com sua própria identidade, o que se tivesse acontecido também seria criticado por não respeitar a obra original e etc, aquele velho jogo de que o longa não seria bem recebido de qualquer jeito. Dizer que o longa não lembra os filmes anteriores de Raimi chega a ser ridículo, o diretor reinventou seu estilo nos últimos anos, restou pouco daquele diretor de filmes como Darkman e a trilogia Uma Noite Alucinante e que começou a mudança na sua carreira quando  fez a trilogia Homem-Aranha.

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Oz- Mágico e Poderoso está longe de ser um filme perfeito, porém precisa ser colocado no cenário que foi feito, onde tantas versões de histórias de clássicos infantis e remakes são feitas, e entre estes se sobressaí muito bem. Outra comparação feita é ao horrível Alice no País das Maravilhas de Tim Burton, o que chega ser um comentário mais do óbvio. Apesar de ser um filme fraco pelo seu roteiro, Burton criou um estilo de fantasia com Alice e que Sam Raimi claramente se inspira na parte visual, deixando claro que a sa essa pré base se resume  aos cenários fantásticos e ao uso do 3D, e só.  Raimi cria assim como Burton um cenário fantástico, um mundo de fantasia e cheio de detalhes, as primeiras cenas de Oz no lugar parecem inicialmente estranhas pelo uso um pouco incorreto do Chroma-key, erro que é logo concertado e o visual fica mais realista após a chegada de Oz na Cidade das Esmeraldas quando o diretor consegue acertar e usar melhor os ótimos efeitos visuais. Raimi supera Burton principalmente no uso do 3D, criando as cenas certas para o uso da tecnologia e em diversos momentos o público se pega desviando de objetos jogados na frente da tela.

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A simplicidade da trama fica também evidente no seu roteiro escrito por Mitchell Kapner e David Lindsay-Abaire que preferiram usar tudo que foi mostrado no longa original para criar o prelúdio que serve muito para explicar como os personagens tornaram-se o que são no clássico de 1939. Afinal um prelúdio nada mais é do que uma maneira de contar os eventos anteriores de uma história que o público já sabe, a melhor maneira de fazer isso é usar os buracos da trama original para contar a sua maneira uma nova visão da história, algo que o roteiro faz muito bem. O impacto pretendido pelo roteiro e diretor não chega ao seu máximo muito pelo seu elenco, James Franco realmente demora para entrar no personagem, apesar de ser um ótimo ator, falta carisma nele e parece perdido no começo e somente na metade da trama encontra a maneia certa de trazer o personagem a vida. Muito da trama se apoia nas três bruxas que foram interpretadas por três conhecidas atrizes, Theodora (Mila Kunis), Evanora (Rachel Weisz) e Glinda (Michelle Williams). Weisz está segura no papel, não atrapalha e nem ajuda, uma coadjuvante de luxo. A grande decepção é Mila Kunis no papel principal de Theodora, a Bruxa Malvada do Oeste, a atriz faz uma atuação normal quando Theodora ainda é uma bruxa boa, mas depois da transformação a atriz faz uma atuação péssima. Além da interpretação ruim de Kunis, os efeitos especiais da bruxa decepcionam e muito, a maquiagem para criar o rosto esverdeado e nariz longo tem um resultado bastante mediano e os efeitos na voz da atriz também não são perfeitos.

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A melhor interpretação é feita por Williams que encanta com sua doce Glinda, personagem gentil e mais carismática da trama. Chamam também atenção dois personagens coadjuvantes, o simpático e muito engraçado macaco voador Finley que é dublado e interpretado através da captura de movimentos pelo ator Zach Braff; Além da simpática Boneca de Porcelana dublada pela atriz Joey King. Assim como acontece no filme original, Braff e King fazem papéis duplos que ajudam a criar um paralelo interessante sobre a vida de Oz antes e depois da sua chegada a terra fantástica.

Inicialmente o longa seria mais um na moda de recriar novas tramas para clássicos contos infantis, mas como sempre acontece em uma fase de filmes iguais, um sempre acaba se sobressaindo e Oz – O Mágico e Poderoso é o melhor de todos. Cria uma nova e agradável história que respeita obra original e cumpre sua proposta simples e óbvia de entreter.

3star

Um comentário em “Nos Cinemas: Oz – Mágico e Poderoso

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