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Nos Cinemas: Killer Joe- Matador de Aluguel

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Ao primeiro olhar Killer Joe – Matador de Aluguel pode parecer uma comédia sobre uma família atrapalhada e formada por típicos perdedores, este começo com tom cômico escolhido pelo diretor William Friedkin é uma espécie de sarcasmo sobre sua própria obra e que aumenta ainda mais o choque de uma trama que começa engraçada e que vai crescendo até torna-se uma história bastante trágica.

Na trama, Chris (Emile Hirsch) é um jovem perdido que decide contratar Joe (Matthew McConaughey), um típico policial de Dallas que trabalha escondido como matador de aluguel, para matar sua mãe. O plano criado por Chris e seu pai Ansel (Thomas Haden Church) é matar a mãe para que recebam o seu seguro de vida. Como pai e filho não tem dinheiro algum, Joe pede como entrada de pagamento ter uma noite sozinho com a irmã de Chris, Dottie (Juno Temple), uma jovem ingênua e e virgem.

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Friedkin volta a trabalhar com o escritor Tracy Letts, dupla responsável pelo elogiado Possuídos (2006) e novamente baseado em uma obra do próprio autor. Killer Joe começa leve apresentando um grupo de personagens imperfeitos, o jovem bobo e irresponsável Chris que precisa matar a própria mãe para pagar uma dívida para um criminoso que se não receber o dinheiro irá matá-lo, Ansel é o pai que beira a idiotice total que namora com Sharla (Gina Gershon), a esperta mulher que vê na morte da mulher do seu namorado como uma maneira de ficar rica. Já Dottie é o exemplo da pureza, inocente e muitas vezes parece meio lerda e que vive seu próprio mundo, com seu belo corpo e jeito delicado que acaba sendo sensual sem querer, o que chama atenção inclusive do seu próprio irmão. O grande personagem é Joe, o típico policial caubói, com chapéu, par de botas, que parece ser menos perigoso do que finge ser, só que em uma trama que cresce aos poucos o personagem torna-se um homem perigoso, sem escrúpulos e muito cruel.

Todo o peso do personagem Joe, o verdadeiro protagonista da história, é alcançado pela atuação de Matthew McConaughey, sim pela primeira vez afirmo que o galã está bem em um filme, visualmente mais magro e sem precisar ser charmoso o tempo todo, o ator faz a primeira e melhor atuação da sua carreira. Um elogio também para Juno Temple, a jovem atriz tem em mãos um papel bastante complicado com cenas muito fortes, incluindo de nudez, e faz uma ótima atuação.

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O roteiro tem um humor irônico e muitas vezes pesado, com uma trama que inicialmente começa leve de mais e que vai crescendo aos poucos, os erros da atrapalhada família e a presença de um personagem cruel como Joe, levam a história para um caminho inesperado, o humor é deixado de lado e a violência prevalece. Friedkin consegue tirar do seu elenco atuações certas para sua proposta e faz uma direção simples que centraliza-se na ótima história que tem em mãos que por ser curta choca ainda mais ao chegar no seu ápice. A última parte do filme é um soco no estômago, o drama e o horror ganham espaço e transformaram a trama em algo novo, o que pode incomodar os mais sensíveis e assustar aqueles acostumados com obras padrões e sem novidades.

 3star

Um comentário em “Nos Cinemas: Killer Joe- Matador de Aluguel

  1. […] enorme em seus últimos trabalhos, Magic Mike, Amor Bandido, O Poder e a Lei e principalmente Killer Joe, a melhor atuação de sua carreira. Com apenas 43 anos e já com uma longa carreira, McConaughey […]

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