A franquia Duro de Matar celebra felizes 25 anos neste ano, foi no que parece ser o longíquo ano de 1988 que conhecemos o policial John McClane (Bruce Willis), o clássico personagem ficou marcado pelo seu temperamento explosivo, seu sarcasmo e principalmente suas atitudes impensáveis, com McClane a regra é agir depois pensar. Nestes 25 anos de franquia foram quatros filmes, o mais recente o 4.0 (2007) conseguiu apresentar a trama para um novo público, já que o último filme tinha sido lançado há 12 anos. O quarto filme manteve as mesmas qualidades dos anteriores e introduziu McClane ao mundo moderno, com um nerd como parceiro e um ciberterrorista como vilão.
Após o sucesso do quarto filme, a franquia chega a sua quinta parte com Duro de Matar – Um Bom Dia para Morrer, se o longa acerta e muito na parte da ação, erra por mudar e não entender a alma da franquia. Na trama, John McClane precisa ir até a Rússia para encontrar seu filho Jack McClane (Jai Courtney, Spartacus- Sangue e Areia), que está preso por ter matado um homem. McClane acaba descobrindo que na verdade seu filho é um espião da CIA com a missão de resgatar um político que esconde um segredo muito importante para o governo dos EUA.
A escolha do diretor Skip Woods muito se deve pela sua história em grandes filmes de ação como A Senha, Esquadrão Classe A e X-Men: Origens Wolverine. Se analisado somente pela sua direção nas cenas de ação, Woods mostra bem porque foi contratado, este é com certeza o filme da franquia com mais cenas de ação, a trama é praticamente uma sucessão de cenas de perseguição, tiros e muitas explosões. O diretor cria cenas interessantes e divertidas para o gênero, como a perseguição no meio da estrada na Rússia e a exagerada cena final onde a conhecida cena do quarto filme na qual McClane joga um carro para destruir um helicóptero parece uma brincadeira de criança perto da última enorme conclusão da ação de Um Bom Dia Para Morrer.
O diretor faz bem seu trabalho na ação, só que falha demais no desenvolvimento da história muito pelo fraco roteiro de John Moor e(Max Payne, O Vôo da Fênix) que realmente parece ter ficado em outro planeta ao criar uma história com características diferentes dos outros filmes da franquia. O roteirista preferiu não inventar, usando a velha fórmula de vilões russos, tentou ser um pouco mais inteligente com uma trama cheia de reviravoltas no final, mas nada que irá surpreender o público. Claro que estamos falando de uma franquia de ação onde muitas vezes a história é o menos importante, porém é inegável que Duro de Matar conseguiu manter o seu sucesso também pelo humor sarcástico de McClane e os bons diálogos dos vilões da trama, duas caractirísticas fortes que ficaram de fora no quinto filme. McClane fala praticamente quase nada, só fica repetindo “Jesus”, muito por causa das alterações feitas para o longa pegar uma censura menor e por isso muitos nomes feios foram cortados; Para completar vilão da vez é o mais fraco da franquia, tanto que um dos seus capangas, ” o dançarino”, acaba roubando atenção da trama.
Jai Courtney e Bruce Willis formam uma boa parceira, com bastante química nas cenas de ação e também nos poucos diálogos da trama, os atores juntos conseguem salvar o longa da mesmice. John McClane é o papel da vida de Bruce Willis, o personagem muitas vezes lembra o próprio ator e seu estilo de atuar, impressiona também como Willis com 57 anos consegue se sair ainda tão bem nas cenas de ação e diferente dos seus colegas do gênero (Stallone, Schwarzenneger) não tenta manter uma forma física exagerada e sem uso excessivo de plásticas.
Mesmo com o filme mais fraco da franquia, Duro de Matar- Um Bom Dia para Morrer conseguiu sair bem nas bilheterias na sua estreia, sucesso que se deve totalmente ao eterno carisma de John McClane que não deixa dúvidas de que ainda é o melhor em matar os caras maus e é motivo da franquia ainda ter a oportunidade de comemorar outros aniversários com novos filmes.
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