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Crítica: Amor a Toda Prova

Todos os anos estreiam centenas de comédias românticas, quase todas iguais e sem apresentar grandes novidades para o gênero, mas sempre surge uma que consegue se sobressair e este é o caso de Amor a Toda Prova.

A comédia dos diretores Glenn Ficarra e Jon Requa (O Golpista do Ano) se destaca por passar por vários gêneros, uma hora é comédia, outra drama, dramédia, comédia indie e no final um bonito romance. Um filme que se sobressaí dos outros pela grande e até diria surpreendente química de um elenco bastante variado e apresentados novos e conhecidos nomes de Hollywood.

Na trama, o pacato Cal Weaver (Steve Carell) é pego de surpresa quando sua esposa Emily (Julianne Moore) e mãe de seus dois filhos pede o divórcio. A sua vida vira de cabeça para baixo e ele tenta apagar essa mágoa indo todos os dias ao mesmo bar para beber e reclamar da sua vida até conhecer Jacob (Ryan Gosling) um jovem sedutor capaz de levar qualquer mulher para cama e que simplesmente só faz isso na vida.

Jacob aceita por vontade própria transformar o estranho e desiludido Cal em um conquistador capaz de seduzir qualquer mulher que queira. Para isso Cal terá que passar por uma transformação completa das suas roupas até principalmente sua personalidade. Para isso Jacob irá ensinar para Cal sua arte infalível e não muito honesta para conquistar as mulheres.

A grande ideia da trama é não centralizar a história somente nos dois protagonistas e sim mostra outros tipos de amor através de outros personagens como o filho mais velho e pré-adolescente de Cal, Robbie (Jonah Bobo) que está apaixonado pela sua babá Jessica (Analeigh Tipton); a temos também Hannah (Emma Stone) uma jovem inocente e em busca de seu príncipe encantado. Para completar a própria Emily (Julianne Moore) que precisa lidar com seus próprios sentimentos confusos em relação a Cal.

Através destes personagens o filme consegue de uma maneira interessante mostrar diferentes fases do amor, consegue acertar em alguns deles e outros escorrega um pouco, mas consegue ter um bom equilíbrio.

Apesar de Carell fazer o mesmo papel de sempre, ele encontra uma boa parceria com Moore e toda sua versatilidade como atriz, o mesmo acontece com Rosling que além de ser um rostinho bonitinho é um ator em ascensão. Stone como sempre rouba a cena e seu talento único para comédias, dona de um timing cada vez mais raro.

O elenco só não ganha nota dez pelas desnecessárias participações de Marisa Tomei novamente interpretando uma mulher quarentona e perdida e Kevin Bacon com um personagem que só serve de ligação para as histórias do elenco principal e passa despercebido.

Como não poderia deixar de acontecer em uma comédia romântica não faltam lições de morais e aquele velho discurso otimista e cada vez mais irreal sobre o amor.

Não espere uma comédia capaz de fazer você chorar de rir, pelo contrário, Amor a Toda Prova é um filme que cresce aos poucos junto com seus personagens, concentrando seus momentos realmente engraçados no seu final, onde surge uma virada bem curiosa e esperta na trama, garantindo assim alguns sorrisos seja para os apaixonados ou não.

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