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Crítica: Padre

 

Com o sucesso das adaptações das histórias em quadrinhos da Marvel  qualquer HQ mesmo antes de ser lançada ou de qualquer editora já é comprada por algum estúdio em Hollywood e é adaptado para o cinema, nem que para isso sua história  original seja completamente modificada no cinema.

A nova vítima da vez é Priest levemente baseada nos quadrinhos coreanos de Hyung-Min Moo, além de ser uma história em quadrinhos também conta uma história envolvendo vampiros, outra mania nos cinemas atuais. Adaptação teria duas fórmulas de sucesso em uma só história, teria porque o filme não no final aproveitar o melhor de ambas.

Na trama num mundo alternativo após séculos de guerras entre humanos e vampiros, a igreja assume a luta e cria um grupo de Padres especializados em matar vampiro, que no filme são criaturas sem olhos e agressivas. Após acreditarem que as criaturas foram dizimadas, a igreja manda que os Padres caçadores retornem a sua rotina normal, algo que não conseguem já que a própria população conhecem suas habilidades assassinas te medo deles. Paul Bettany (O Código Da Vinci) vive um dos padres que desobedece as leis da Igreja ao caçar o bando de vampiros que sequestrou sua sobrinha Lucy (Lily Collins, de Um Sonho Possível). Ele terá ajuda de Hick ( Cam Gigandet) o xerife da cidade onde a garota foi sequestrada e que nutre uma paixão pela garota, além de outra pregadora (Maggie Q.) que também se rebela contra a igreja.

O roteiro de Cory Goodman é quase uma nova versão da HQ coreana, a história foi muito alterada e suas principais qualidades foram deixados de lado, um ultraje ao trabalho de Min-Woo Hyung. Com um roteiro limitadíssimo e nada criativo, o limitado diretor Scott Charles Stewart (Legião) tentou fez um filme curto e rápido demais, com apenas 87 minutos que são mal utilizados e que acabam com qualquer possibilidade criar uma ligação entre o público e a história.

Essa curta duração prejudica o filme totalmente faz com que a história seja contada de forma apressada e sem ritmo, a trama principal não é desenvolvida direito, os personagens secundários entram e saem da tela sem muitas explicações e o grande clímax com uma revelação importante não é encaixado da maneira certa e não causa o efeito que deveria.

Com tão pouco tempo não é possível apreciar o bom trabalho da equipe técnica do filme teve tanto trabalho para criar cenários criativos que impressionam visualmente sejam pelos seus detalhes, principalmente nos figurinos nos personagens.

Em alguns casos o elenco poderia ser capaz de superar essas limitações técnicas do diretor e do roteiro com boas atuações, o que também não acontece em Padre. Paul Bettany é sim um bom ator, ele até se saí bem com o padre introspectivo que esconde segredos do passado, porém já tinha mostrado em Legião (também dirigido por Charles Stewart) que não funciona no papel de o herói da trama. As cenas de ação que já não são lá grande coisa, ficam ainda mais sem graça com atuação de Bettany que parece desconfortável nelas e está longe de ter o porte físico necessário para este tipo de cena.

Cam Gigandet faz mais uma atuação pífia, é mais um rosto bonito e inexpressivo de Hollywood, ele deveria funcionar como o parceiro de Padre só que o roteiro não consegue deixar isso claro e só serve no final como um péssimo par romântico com Lucy. Maggie Q. não atrapalha só que parece interpretar o mesmo papel que faz na série Nikita, com a diferença de ser uma pregadora e por esconder suas curvas com muita roupa.

 

O maior prejudicado no elenco é o ator Karl Urban (Star Trek) que interpreta o vilão principal. Seu personagem aparece inicialmente sempre atrás das sombras  na tentativa de criar um mistério, só que na realidade esconde somente o óbvio. A história do personagem e a atuação de Urban fazem com que o vilão seja o mais interessante na trama, só que em mais uma escolha errada do diretor, o personagem é mal aproveitado tendo destaque somente no fraco clímax do filme.

O filme deixa um gancho para uma continuação que dificilmente irá acontecer, já que o filme teve uma péssima estreia nas bilheterias americanas não obtendo o resultado esperado Uma pena, já que Padre poderia se tornar facilmente uma franquia de sucesso se se fosse mais fiel à fantástica história original criada por Min-Woo Hyung.

3 comentários em “Crítica: Padre

  1. Foram 87 minutos da minha vida desperdiçados. A ideia era boa, mas a execução péssima. Excelente crítica. Para quem viu o filme é um retrato fiel, para quem não viu é uma explicação porque não vale a pena vê-lo. Mas para quem, ainda assim, quer vê-lo, não contém spoilers. Bom trabalho!

  2. apesar do nao conhecer a BD original, gostei do filme, embora curto …..
    poderia ter mais desenvolvimento.

    No entanto agora vou tentar ver a BD original e ver as diferenças…..lol

  3. Hank, acesse outro Blog. Aprenda que sua visita não é necessária aqui

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