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Crítica: Eu Sou o Número Quatro

Com o sucesso de A Saga Crepúsculo, muitos estúdios começaram uma grande busca atrás de uma nova franquia de sucesso voltada para os adolescentes. Nessa fúria de conseguir encontrar a tal franquia, a DreamWorks comprou antes mesmo de estar pronto, os direitos do livro de ficção científica Eu Sou o Número Quatro (I Am Number Four), escrito por Joble Hughes e James Frey

Logo na primeira cena você já entende que é um filme para adolescentes; Com dois jovens flertando durante a noite e acabam se encontrando num banho de mar, tudo vai bem até que o garoto começa a gritar e uma estranha luz começa a aparecer na sua perna que ganha uma cicatriz do meio do nada.

O garoto é o Número Quatro (Alex Pettyfer), um entre um grupo de nove alienígenas ex-habitantes de um planeta chamado Lorien que foi destruído pelos mogadorianos. A cicatriz apareceu ao mesmo tempo que o número três estava sendo morto pelos mogadorianos que agora estão na terra e indicado que ele será o próximo. Resta ao jovem fugir novamente e trocar de nome, sempre com a ajuda de seu fiel guardião (Timothy Olyphant).

O garoto que agora se chama John Smith e o guardião mudam para Paradise, em Ohio. John deveria levar uma vida escondida sem chamar atenção, mas como todo adolescente ele desobedece seu guardião (figura paterna) e resolve entrar em uma escola e tentar viver uma vida normal, o que claro não vai acontecer.

Daí em diante o filme entra em um grande clichê, John começa a fazer amizade com Sam (Callan McAullife) um garoto que sofre bullying do jogador do time de futebol americano da escola (Jake Abel) e como não poderia deixar de ser se apaixona pela garota mais linda da escola Sarah (Dianna Agron, a Quinn da série Glee).

A história de alienígenas vivendo na terra e sendo perseguidos por uma raça rival até que é interessante, só tudo é explicado de uma forma tão rápida e direta com diálogos chatos que fica impossível conseguir pelo menos sentir alguma ligação com os personagens. Parece que faltou algo mais nesta parte, talvez com algo mais visual, mostrando o planeta e a luta entre as duas raças.

Essa falta de algo mais persegue todo o filme, desde a história, ao elenco e até os efeitos especiais, já que as grandes cenas são jogadas para o final da história e todas são escuras demais, talvez escondendo as imperfeições dos efeitos.  O roteiro de Alfred Gough e Milles Millar (Homem-Aranha 2) é muito preguiçoso, os diálogos são fracos e explicativos demais, a trama não tem nenhum mistério e as poucas revelações são jogadas na cara do público de uma forma tão infantil que não consegue surpreender a ninguém. Muito dessa falta de algo mais se deve a fraca direção do até então bom diretor D.J. Caruso (Paranóia, Controle Absoluto) que não conseguiu coloca seu estilo no longa e fez só mais um blockbluster para os adolescentes.

Quando temos um roteiro e direção ruins, espera-se o elenco consiga salvar o filme e isso não acontece em Eu Sou o Número 4. Alex Pettyfer tem carisma e charme, só que não sabe atuar, quando uma cena exige um pouco mais dele, ele esbarra em suas próprias limitações e parece forçado demais principalmente nas cenas dramáticas. Dianna Agron parece repetir o seu mesmo papel chatinho da série Glee só que sem cantar. Callan McAuliffe tenta sem sucesso ser o alívio cômico.Timothy Olyphant é Timothy Olyphant e faz o mesmo de sempre.

Eu Sou Número Quatro se esforça ao máximo para conquistar o seu público e talvez até consiga agradar aqueles que só querem um entretenimento barato e sem grandes expectativas O filme pelo menos conseguiu nos EUA uma arrecadação que pagou o seu custo.

Com este resultado nas bilheterias e o final aberto, talvez todos os envolvidos tenham mais uma chance para corrigir tudo em uma futura continuação.

4 comentários em “Crítica: Eu Sou o Número Quatro

  1. parece que foi ispirado no dragon ball z .

  2. Prezado Caio Arroyo,

    Muito claro, rico e informativo seu texto. Vou assistir e ver se entro nas mesmas ou diferentes conclusões.

  3. Aparentemente, todos os livros parecem melhor que os filmes! Vou ver o filme primeiro e depois vou ler o livro! Os filmes sempre cortam partes interessantes dos livros!

  4. Eu gostei do filme e acho que poderia ter uma continuação. E sobre essa parte “…tudo é explicado de uma forma tão rápida e direta com diálogos chatos que fica impossível conseguir pelo menos sentir alguma ligação com os personagens. Parece que faltou algo mais nesta parte, talvez com algo mais visual, mostrando o planeta e a luta entre as duas raças.” creio que iriam explicar mais em um outro filme, mostrando o planeta e a luta entre as duas raças, assim como o arquivo perdido que fala sobre isso, “Eu sou o número quatro” só queria dar uma introdução explicativa para talvez depois mostrar visualmente o que havia explicado anteriormente.

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