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Crítica: Sucker Punch

Quando Zack Snyder ficou conhecido mundialmente com Madrugada dos Mortos estava já explícito que ele era um diretor diferente e que deixaria sua marca no cinema, fato que ficou provado depois com as duas clássicas adaptações dos quadrinhos de 300 e Watchmen. Mais experiente e com total liberdade, Snyder literalmente presenteia o público com Sucker Punch-Mundo Surreal, o primeiro filme na sua carreira escrito totalmente pelo diretor.

Sucker Punch é um exemplo do cinema atual e um reflexo do que está acontecendo na sétima arte nos últimos 20 anos. Com uma história delirante, Snyder fez um filme que passeia por diferente gêneros e com um visual deslumbrante de encher os olhos do público.

A trama é centrada em Babydoll (Emily Browning) uma menina que após um acidente é confinada em um hospício por seu padrasto. Dentro de cinco dias vai chegar um médico (John Hamm) no hospital que irá fazer nela uma lobotomia. Para escapar deste mundo de sofrimento, Babydoll cria em sua imaginação um mundo fantástico e uma grande aventura, onde terá ajuda de suas amigas Rocket (Jena Malone), Blondie (Vanessa Hudgens), Sweet Pea (Abbie Cornish) e Amber (Jamie Chung), todas também pacientes do hospício, onde terá que cumprir um grande plano para escapar do local.

Snyder criou uma história que encontra a sua perfeição na sua complexidade, a trama psicológica dividida em três mundos vai se encaixando aos poucos, viajando entre diversos mundos e cenários, levando ao público a um mundo incrível criado pela personagem principal.

Na trama separada por segmentos que lembram diferentes gêneros, Babydoll vai até ao Japão feudal lutar contra ninjas gigantes, passa pela Primeira Guerra Mundial, luta contra orcs e encontra seu grande desafio numa batalha contra robôs. A mistura de diferentes gêneros e cenários serve para Snyder colocar o máximo de suas habilidades como diretor, já que em cada segmento o diretor escolhe um jeito diferente de filmar e enaltece os detalhes de cada cena, mas sem deixar seu estilo de lado, usando na medida certa suas famosas longas cenas de batalhas em câmera lenta.

A parte técnica do filme é um primor, principalmente graças a fotografia e a trilha sonora que tem papel excencial e é recheada de versões de clássicos, a maioria das faixas interpretadas pelo próprio elenco. Os cenários são belos e ricos em detalhes, os figurinos chamam atenção até daqueles que não costuma ligar para isso, muito disso também se deve a escolha do elenco recheado de lindas mulheres.

O elenco é a maior surpresa do filme, com uma história tão complexa e que precisa de boas atuações, Snyder escolheu atrizes pouco conhecidas ou com má fama, mas no final todos conseguem se sair muito bem. Emily Browning com seu rosto angelical mostra uma grande maturidade e sua atuação aumenta ainda mais a emoção da história. Jena Malone e Abble Cornish são duas atrizes que vale a pena acompanhar de perto e são essenciais para a trama. Já Vanessa Hudgens e Jamie Chung conseguem cumprir seu papel. Impossível não comentar também da classe e sensualidade de Carla Gugino e a segurança de Oscar Isaac em uma papel bastante difícil.

A trama vai ganhando mais força e dramaticidade a cada mudança de segmento chegando ao seu ápice com a reviravolta final e a ligação entre os três mundos criados por Babydoll. Diferentemente do que disseram muitos críticos, o final não é metido a inteligente e muito menos um grande clichê, se você assistir o filme com mais atenção é possível perceber como toda a história caminhava para este tipo de final.

Sucker Punch será mais um daqueles filmes, assim como aconteceu com A Origem no ano pasado, onde o tempo será o seu melhor amigo. Não conseguiu obter o resultado esperado na sua semana de estreia e foi duramente criticado pelos “especialistas” americanos. O tempo vai mostrar que Sucker Punch foi não só a consolidação de Zack Snyder, como também de um estilo cinematográfico.

 

4 comentários em “Crítica: Sucker Punch

  1. Posso dizer que a trama em si não chamou muito a minha atenção, mas admiro esse trabalho por simplesmente ter um cenário com um estilo bem diferente… ^^

  2. efeitos especias não foram feitos pra sustentar nenhum filme, sucker punch pecou da mesma forma como avatar. ter qualidade de cenários com CG e boas cenas de açõa não quer dizer que o filme seja bom, é decente pra ser assistido, mas só isso. nos lançamentos dos proximos meses já fica esquecido, e vai servi de distração na sessão da tarde no futuro.

  3. Caraca, já saiu de cartaz aqui no Rio, nem tive tempo de ver devido as provas da faculdade. Não vai ter jeito senão internet.

  4. Eu pessoalmente gostei bastante do filme, começa de uma maneira diferente mas depois lá se vai se percebendo acabando por ser um filme muito interessante que deve ser visto para lá dos efeitos especiais um tanto ou quanto exagerados mas Hey! é um mundo de fantasia pelo que lá se vai compreendendo 😉
    Mas sim recomendo a ver é muito interessante…

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