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Crítica: Mistério da Rua 7

Renasce com toda força um gênero que parecia caminhar ao desaparecimento e nos últimos anos ganhou mais espaço, os chamados filmes pós-apocalípticos, como A Estrada, Fim dos Tempos, 2012, Skyline. Todos eles contam histórias do extermínio da humanidade por diferentes maneiras. O novo lançamento deste gênero é o Mistério da Rua 7, onde no lugar do terror sobrenatural, entra o psicológico e com uma grande tendência cristã.

A trama começa bem conquistando espectador com uma cena em um cinema em Detroit, onde pessoas assistem tranquilamente mais uma comédia de Adam Sandler. Enquanto a comédia é exibida, o projecionista Paul (John Leguizamo, também de Fim dos Tempos) está lendo um livro exatamente sobre demônios, quando todas as luzes se apagam. Com ajuda de uma lanterna, Pau tenta descobrir o que aconteceu é quando ele encontra um cenário desolador, onde todas as pessoas misteriosamente desapareceram restando apenas suas roupas.

O mesmo acontece em uma hospital, onde uma fisioterapeuta (Thandie Newton) fica desesperada ao perceber que seu filho ainda neném também desapareceu. O penúltimo personagem é o repórter de TV (Hayden Chrstensen) que também se vê na mesma situação.

Os dez minutos iniciais levam ao espectador pensar que veremos um terror psicológico diferente dos outros, porém aos poucos a trama repete os mesmos clichês do gênero.

No dia seguinte ao primeiro blecaute, mais pessoas desaparecem e o sol nasce cada vez mais tarde e se põe a cada dia mais cedo. A ideia é simples se você quer sobreviver precisa se manter na luz ou se não as estranhas sombras te levaram embora assim como aconteceu com todo o resto da humanidade.

Os três personagens principais e mais o garoto abandonado James (Jacob Latimore) acabam se cruzando dentro de um bar. Os quatros precisam encontrar uma maneira de sobreviver com recursos escassos e numa situação que piora a cada segundo.

O filme dirigido por Brad Anderson (o ótimo O Operário) explora o medo do homem da escuridão, seja algo real ou no sentido filosófico. Os quatro personagens precisam enfrentar seus próprios fantasmas e seus dramas, explorando assim os limites dos seres humanos em situações extremas.

Para tentar explorar melhor a trama o roteiro de Anthony Jaswinski apresenta personagens que acreditam em coisas diferentes: a mãe religiosa, o homem que acredita no sobrenatural, o cético e a criança que ainda não tem experiência para ter uma opinião própria.

O terror é um grande clichê, desde as sombras que não assustam a ninguém, a trilha sonora sem graça, os sustos e flashbacks manjados e uma trama que exagera no tom religioso. Um bom filme de terror psicológico precisa de atores que consigam passar as aflições de seus personagens, algo que não acontece em nenhum momento do filme graças ao fraco elenco.

Anderson faz uma direção preguiçosa, com uma história que levanta muitas questões e não responde nenhuma delas, seguindo pelo caminho fácil ao deixar um final aberto e consequentemente diminuindo o efeito proposto inicialmente.

 

 

6 comentários em “Crítica: Mistério da Rua 7

  1. Parecia ser mais legal antes das críticas (risos).

    irei assisti.

    P.S. Me sinto uma caipira, esses filmes não chegaram ainda aqui no Rio de Janeiro 😦

  2. Concordo com tudo o que diz o texto, e ainda acrescento.
    não encontrei nenhum adjetivo que se enquadra melhor pra esse filme, se não TOSCO, que mais da metade se passa dentro de um único local. muita falação, pouca ação, na hora que vc acha que a trama vai desenrolar, ela trava de novo. o que é a rua 7? a palavra misteriosa? o que é este fenomeno? os teaser são muito mais envolventes que o próprio filme. o filme termina sem um final digno. se não houver a continuação, é simplesmente um projeto que todos sabiam que iria dar errado, desde o início. história tem potencial, mas foi muito mal feita pro cinema, creio que faltou orçamento para tal. dou nota zero para o filme!

  3. gostei do filme, claro no fim ficou muito vago. Parece que o autor se baseou em um episodio de supernatural, pois é praticamente igual, a diferença é que no seriado acontece somente com uma cidade.

  4. O filme te prende do inicio ao fim …. só que não evolui e o final te deixa com mta raiva …. o filme fica inexplicável o que causa a escuridão?? aliens, o apocalipse ,o cramunhão , Drogas Pesadas ou seja não explica nada .

  5. Cara, acabei de ver o filme, tem muitos clichês realmente, mas foge ao tradicional… O fato de o filme terminar e deixar mais pergunta do respostas acho q faz parte do suspense. Tudo bem, não é o melhor filme do ano, mas achei bem legal. De 0 a 10, dou nota 7,5 para ele.

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