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Crítica: Scott Pilgrim Contra o Mundo

Nos últimos anos o cinema está conhecendo uma nova safra de diretores que buscam novas maneiras de se fazer cinema, muitas vezes não conseguem o sucesso esperado, mas deixam sua marca e se tornam exemplos a serem seguidos.

O novo exemplo é a adaptação da história em quadrinhos de homônima Scott Pilgrim Contra o Mundo, dirigida por Edgar Wright (Todo Mundo Quase Morto), que estreou com grandes expectativas e foi ao mesmo tempo um fracasso de bilheteria e um dos filmes mais elogiados deste ano.

Depois de um forte protesto na internet e com mais de três meses de atraso, o filme estreia nesta semana no Brasil, primeiro na cidade de São Paulo e depois será lançado em outros estados, diga-se de passagem com pouquíssimas cópias.

A história em quadrinhos original criada por Bryan Lee O’Mailey já é por si só bem diferente, desenhada em preto em branco, com clara influência do mangá japonês ao mesmo tempo que dá sua versão ocidental ao estilo.

Na história, Scott Pilgrim (Michael Cera, cada vez mais o Deus dos Nerds), é um jovem canadense relaxado, pouco preocupado com a vida e que toca baixo numa banda. Ele se apaixona pela americana e misteriosa Ramona (gata Mary Elizabeth Winstead), mas para ficar com a garota, ele terá que enfrentar os seus sete maléficos ex-namorados.

Edgar Wrigth não tem medo de arriscar e de maneira perfeita e ousada usa uma linguagem fora dos padrões, transformado o filme em um grande jogo de video-game, com influências de diferentes estilos. O filme faz claras referências aos games dos anos 80 e atuais, seriados americanos e principalmente aos quadrinhos.

A cada novo ex-namorado que Scott tem que enfrentar, o espectador passa por uma fase igual a um jogo de video-game, com uma explosão de cores e com o auxílio de letreiros que completam detalhes das cenas e com um show de efeitos especiais que combinam com o mundo surreal da história.

No meio de um uma história de fantasia, fica a mensagem do garoto sem destino que literalmente encontra a garota dos seus sonhos, e que enquanto luta por seu amor, cresce e entra na vida adulta.

O filme foi considerado por alguns críticos chatos, fantasioso e despretensioso demais. Esse tipo de opinião burocrática e moralista ajudaram e muito ao fracasso do filme nas bilheterias.

Na verdade, Wright criou um filme audacioso que foge do padrão estético chato e monótono atual. Scott Pilgrim contra o Mundo é um retrato fiel de uma geração de nerds e geeks, uma grande homenagem a cultura pop atual.

2 comentários em “Crítica: Scott Pilgrim Contra o Mundo

  1. […] Norahh- Uma Noite de Amor e Música e interpretar Scott Pilgrim, baixista da banda Sex Bob-omb em Scott Pilgrim Contra o Mundo, o ator Michael Cera entrou para a banda Mister […]

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