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Crítica: A Origem

O diretor inglês Christopher Nolan começou a chamar atenção com o filme “Amnésia” (2000) e depois com “Insônia” (2002), ambos considerados geniais, principalmente por fazer o público pensar, sem entregar tudo de mão beijada, algo cada vez mais raro em Hollywood. Depois o diretor ingressou no mundo dos blockbusters, com “Batman Begins” (2005) e recentemente com o já clássico “Batman-O Cavaleiro das Trevas”.

Agora em seu novo filme, A Origem, junta suas ideias originais e visionárias do começo de sua carreira, com um grande orçamento e elenco, algo que só um diretor consagrado em Hollywood conseguiria fazer. O diretor que sempre quis fazer um filme no mundo dos sonhos, conseguiu cumprir a tarefa além do esperado.

Na trama Leonardo DiCaprio é Dom Cobb, um especialista em adentrar no sonho das pessoas, para roupar ideias e descobrir segredos. A Origem é disparado o filme mais complexo de Nolan, sua história lida com ideias que podem parecer inicialmente absurdas demais. Tanto que o diretor utiliza a primeira parte do filme para explicar, mas não de forma didática, de que maneira Cobb e sua equipe se infiltram no mundo dos sonhos. Essas cenas servem também para o público adentrar no subcosciente humano e sua capacidade única de imaginar o imaginável.

Para isso utiliza planos abertos, misturando computação gráfica e grande cenários, o mundo dos sonhos foi criado com todo o cuidado, sempre lembrando sua falta de limites. Nolan brinca com técnicas simples, mas que causam um grande efeito, como nas cenas em slow-motion ou nos cenários invertidos. Diga-se de passagem sem a bem produzida trilha sonora de Hans Zimmer, as cenas não causariam o mesmo efeito.

Depois de uma breve instrução, o filme chega a sua segunda parte e nela encontra sua grandiosidade e brilhantismo. Com o passar da história o público percebe que  o mundo dos sonhos é somente uma maneira para o personagem principal encontrar sua redenção.

Além de um roteiro e da técnica de filmagem deslumbrante, o filme tem um  elenco  que reúne grandes nomes e que esbanjam talento, mesmo aqueles com participações menores.Leonardo DiCaprio deixou de ser um rostinho bonitinho para se tornar um ator maduro e Joseph Gordon-Levitt demostra sua versatilidade em um papel mais sério e denso.

Numa época em que as adaptações e remakes prevalecem em Hollywood, A Origem traz um roteiro original e único, ao mesmo tempo em que utiliza de maneira certa a evolução dos efeitos especiais na última década. Lembra os bons tempos da história do cinema, quando a sétima arte não tinha medo de transcender a realidade.

6 comentários em “Crítica: A Origem

  1. […] estrelado por Worthington, o astro do momento. Depois alguns especialistas reclamam que a “A Origem” recebeu elogios demais, em uma época de projetos tão iguais e sem novidades, qualquer […]

  2. […] à Variety, o diretor Christopher Nolan revelou o desejo de transformar seu elogiado filme A Origem em um jogo de video […]

  3. […] trabalhou recentemente com o diretor Christopher Nolan em A Origem. A escalação de Hardy não é uma grande surpresa, Nolan é conhecido por trabalhar sempre com os […]

  4. […] outro filme do Batman. Achei que seria tentador sentar e escrever outro roteiro original depois de A Origem. Adoro trabalhar dentro das regras do mundo do Batman. É legal ter um lugar para ir em que me […]

  5. […] filme Cisne Negro O Vencedor A Origem O Discurso do Rei A Rede Social Minhas Mães e meu Pai Toy Story 3 127 Horas Bravura Indômita […]

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