5 Comentários

Crítica: Alice no País das Maravilhas

Tim Burton desde o começo da sua carreira mostrou uma visão única e uma capacidade para transformar sonhos absurdos em realidade. Eis que o diretor do gótico conhece a Disney e sua variedade extravagante de cores, juntos resolvem fazer novas versões de clássicas histórias.

Agora a nova parceria é a continuação da clássica história de Alice no País das Maravilhas, escrita por Lewis Carroll. Na nova versão Alice (Mia Wasikowska), com 19 anos, descobre que está prestes a ser pedida em casamento. Fugindo dessa situação e com uma leve ajuda do Coelho Branco, retorna ao mundo das maravilhas, mas não se lembra da sua primeira visita e também o local está muito diferente.

Com o passar da história somos apresentados aos clássicos personagens, alguns bem alterados outros nem tanto. Destacam-se o Chapeleiro Maluco, interpretado por Johnny Depp em mais uma boa atuação como um estranho personagem e a Rainha Branca, vivida por Anne Hathaway, que novamente demonstra sua capacidade de chamar toda atenção e infelizmente é pouca aproveitada na história. Por outro lado a  Rainha de Copas tinha tudo para ser o grande destaque e  perde toda graças por causa da exagerada atuação de Helena Bonham Carter.

Como esperado os cenários são gigantescos e lindos, com impressionantes detalhes, desde as roupas dos personagens até as partes em computação gráfica, como a cabeça desproporcional da Rainha De Copas. Infelizmente em 3D os efeitos do filme não se sobressaem e são usadas aquelas velhas técnicas de jogar coisas na tela, chega a ser ridículo os críticos que compararam o 3D de Alice com o de Avatar, imensamente melhor tanto no resultado final, quanto na maneira de ser utilizado.

Durante a história atriz Mia Wasikowska como Alice quase desaparece, virando uma coadjuvante sem graça. Quando a trama chega ao seu ápice e ela é necessária, a cena que deveria ser grandiosa acaba em oito minutos e os últimos minutos da história são usados para mais uma mensagem sem graça e típica.

Nada mais do que mais um filme da Disney, com a vantagem de ter um visual maravilhoso e bons personagens, mas que são utilizados na forma mais básica e previsível possível. O público infantil vai adorar e seus pais, que amam elogiar visão ilusória da vida do estúdio, ficaram felizes como nos finais dos filmes da Disney.

Alice no País das Maravilhas é a maior bilheteria da carreira de Tim Burton e ao mesmo tempo a certeza de que o diretor entrou em um círculo vicioso; Onde o público já sabe que vai encontrar em seus filmes, grandes cenários, a mesma trilha sonora, o mesmo elenco e nada mais. Tim Burton conseguiu transformar seus maiores sonhos em um assustador pesadelo.


5 comentários em “Crítica: Alice no País das Maravilhas

  1. Não vejo a hora de assistir. Desse fim de semana não passa!

    Tenho visto muitos blogueiros meio decepcionados com o filme. Foi bom que eu li as críticas de vocês, assim vou com menos expectativas.

  2. […] em live de Pinóquio, assim o estúdio entra na mania de Hollywood, iniciada pela Disney com Alice no País das Maravilhas. O filme será produzido por Dan Jinks (Beleza Americana, Milk), o roteiro foi escrito por Bryan […]

  3. […] Ainda na onda de rumores, agora sobre o par romântico de Peter Park, no reinício da franquia Homem-Aranha. De acordo com a Entertainment Weekly, a Sony está em busca não de uma atriz mais sim de duas, tudo leva a crer que Mary Jane e Gwen Stacy vão disputar o coração de Peter Parker. As favoritas para os papéis são Emma Stone (Zumbilândia) e Mia Wasikowska (Alice No País das Maravilhas). […]

  4. […] entram na lista de candidatas que já conta com Emma Stone (Zumbilândia), Mia Wasikowska (Alice No País das Maravilhas), Emma Roberts (Pânico 4), Lily Collins (Priest), Ophella Lovibond (O Garoto de Liverpool), Imogen […]

Deixe um comentário