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Crítica: Amor Sem Escalas

O jovem diretor Jason Reitman presenteia o público com mais um bom filme, depois de Obrigado por Fumar e de Juno, o diretor traz em Amor Sem Escalas uma história complexa e inteligente, vale a pena ressaltar antes de tudo que Apesar do título romântico que ganhou no Brasil, o filme não é uma comédia romântica.

Na trama George Clooney em mais uma boa atuação é Ryan Bingham, com um emprego que pode ser nada fácil, ele trabalha em uma empresa terceirizada que envia seus especialistas para empresas com o objetivo de demitir funcionários. Apesar de viver viajando, Ryan adora seu trabalho e estilo de vida, tem como hobby colecionar milhas das inúmeras viagens que faz e dá palestras sobre como montar sua malas e deixar de lado todas aquelas coisas que podem pesar na mala, inclusive a família.

Logo no começo já temos aquele humor negro e inteligente de Reitman, que junto com Sheldon Turner são responsáveis pelo roteiro, que foi baseaa em um livro de 2001. A trama se passa durante a crise financeira americana e claro que isso renderá muitos trabalhos para Ryan. Os funcionários demitidos lidam de diferentes maneiras, alguns tem reações que chegam a ser hilárias outros tem atitudes depressivas ao extremo.  Cabe a Ryan mostrar que ser demitido pode ser um recomeço na sua vida entre outras falas prontas.

Ryan parece ter encontrado o estilo de vida perfeito para si, porém três mulheres fazem o questionar sobre sua vida. A primeira é Alex (em mais uma excelente atuação de Vera Farmiga) que parece ser o par perfeito para Ryan, uma mulher que vive viajando como ele e que não quer nenhum relacionamento sério. A cena em que ambos abrem seus notebooks para decidirem onde será o próximo encontro, é o exemplo perfeito da impessoalidade dos dois.

A outra mulher que surge na sua vida é Natalie (Anna Kendrick), uma jovem cheia de sonhos e que convence o chefe da empresa (Jason Baiteman, em uma pequena mas boa participação) a terminar com as inúmeras e caras viagens dos seus funcionários. Para resolver isso Natalie usa um sistema de demitir as pessoas através de uma vídeoconferência, novidade que Ryan não gosta nada.

As duas personagens servem para que Ryan coloque na mesma, da mesma forma que faz com seus milhares de cartões, sua vida e os caminhos que ela está seguindo. Como tudo na vida surge mais uma inesperada surpresa que ao primeira olhar parecer ser o ponto inicial da mudança de Ryan, sua irmã (Melanie Lynskey), está prestes a se casar, apesar de não ter contanto nenhum com sua família decide ele ir ao casamento.

Como aconteceu nos outros dois filmes de Reitman você acredita que a história irá para o caminho previsível e mostrará aquela mudança de vida que só acontece na telona. Felizmente Reitman não segue esse caminho e vai para um outro muito mais inteligente e para algumas pessoas pode parecer melancólico demais.

Se no filme inteiro você vai a fundo na vida de Ryan, suas últimas falas tem um efeito inverso e são ditas para aqueles estão assistindo ao longa. Amor Sem Escalas não fará você pensar no que está na telona, fará você pensar naquilo que está na sua frente todos os dias, sua própria vida.

Um comentário em “Crítica: Amor Sem Escalas

  1. […] a atriz deixou de ser uma promessa e virou uma realidade, por causa da sua marcante atuação em Amor Sem Escalas (Up In The Air), filme do diretor Jason Reitman (Juno), que escreveu o papel de Natalie especialmente […]

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