Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal

Às vezes esperar por 19 anos vale a pena, foi essa a melhor maneira que pensei para começa minha análise sobre a volta do herói Indiana Jones ao cinema, claro alguém vai falar, mas você só tem 22 anos.
Explico, sou filho de um maníaco por cinema, principalmente por Indiana Jones e Star Wars e claro que virei fanático por eles. Felizmente posso dizer agora, que assisti ambos no cinema.

Na história que se passa no meio da Guerra Fria, Indiana busca um dos maiores achados arqueológicos de todos os tempos: A Caveira de Cristal de Akator, um lendário objeto de fascinação, superstição e medo. Já na sua jornada, nos cantos mais remotos do Peru, ele rapidamente percebe que não está sozinho em sua jornada.
Os vilões soviéticos, liderado pela bela Irina Spalko ( em mais uma excelente atuação de Cate Blanchett), estão também atrás da Caveira.

Um começo cheio de ação e com referências aos filmes anteriores e que já ajuda a prender atenção do público, podemos ver que Harrison Ford com 66 anos, parece que deixou ontem de interpretar Indiana, volta ao personagem sem o mesmo vigor físico, mas não atrapalha as cenas de ação, e com o mesmo talento para as excelentes parte de comédias, e trouxe de volta as velhas e boas características do personagem.

Se infelizmente Sean Connery não aceitou participar do filme, alias uma bela homenagem ao ator é feito no filme, apesar da falta do personagem, o personagem de Shia Belouf, traz um novo animo para o filme (e até para futuras continuações), lembrando muito o espírito de Indiana nos primeiros filmes, com um visual clássico da época, jaqueta de couro, moto, que rende umas das melhores cenas do filme.
Já considerava Shia um dos melhores atores da sua geração e com diferentes papéis vem provando cada vez mais isso, toda vez que ele aparece no filme consegue chamar atenção com uma boa atuação

A volta da atriz Karen Allen, como Marion, personagem que marcou no primeiro filme, e que ajudou muito ao fãs mais antigos a acreditarem, é um atrativo que poderia ser maior no filme, prestem atenção na cara de Indiana ao ver a personagem, uma cena emocionante que mistura realidade e ficção.

Também vale felicitar a volta da parceria entre George Lucas e Steven Spielberg, que mostra todo seu talento, que parece melhorar com a idade, com seu estilo único de filmar e faz com que o filme pareça realmente ser filmado nos anos 50.

Os elogios a ele não param nessa parte, a parte técnica do filme é uma amostra como Spielberg nunca perdeu e pelo jeito vai perder o seu talento. A cada cena de luta, um angulo diferente é mostrado, e com isso não se tornam repetitivas, o excelente timing para cenas mais longas, a luz do filme é outra amostra do diretor, que sabe como filmar tanto em cenários e escuros, quanto nos mais claros.

O filme traz de volta a alma dos filmes anteriores, não faltam as cenas clássicas dos filmes antigos, tiros para tudo que é lado e claro que Indiana nunca é acertado, clássicos barulhos de socos como nos filmes antigos, e claro as excelentes piadas no meio da ação retornam. Tudo isso com um roteiro excelente, sem contar que o tesouro dessa vez tem uma história bem diferente dos outros filmes.

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal não é melhor, e também não é pior que os filmes anteriores, é um filme que honra o personagem, traz um novo ânimo e abre portas para quem sabe uma continuação, desde que não demore tanto.